Uma gangue de criminosos roubou um total de US$ 45 milhões (R$ 90 milhões) em questão de horas ao invadir sites com bancos de dados de cartões de débito pré-pagos para depois fazer saques em caixas eletrônicos em 26 países diferentes.
Ao entrar em sistemas de bancos nos Emirados Árabes Unidos e em Omã, eles teriam conseguido obter dados das contas de clientes e eliminar os limites a saques nos cartões deles.
Em seguida, eles transferiam as informações das contas hackeadas para outros integrantes da rede, que preparavam cartões magnéticos para saques em caixas automáticos.
Para esse fim, eles carregavam cartões de crédito vencidos, cartões de presentes e cartões que serviam como chave de hotéis com as informações roubadas.
Esse cartões convertidos eram rapidamente usados para saques em caixas eletrônicos de 26 países.
Somente em Nova York, eles teriam sacado um total de US$ 2,5 milhões (R$ 5 milhões) em apenas dez horas.
Mochila cheia
Diferentes imagens de câmeras de circuito interno de segurança de bancos flagraram um membro da gangue com a mochila cada vez mais cheia com o dinheiro que ia retirando dos caixas eletrônicos.
A investigação para desbaratar a ação dos cibercriminosos envolveu autoridades nos Estados Unidos, Japão, Canadá, Grã-Bretanha, Romênia e outros 12 países.
Em Nova York, sete pessoas da célula americana da gangue internacional foram presas em conexão com os crimes. Eles enfrentam acusações de conspiração para cometer fraude e lavagem de dinheiro.
Um oitavo integrante da facção americana dos cibercriminosos teria sido assassinado em abril na República Dominicana.
“Os envolvidos e seus asseclas participaram de um gigantesco assalto a banco do século 21 que se espalhou pela internet e pelo planeta”, afirmou Loretta Lynch, procuradora do distrito Leste de Nova York.
Investigadores acreditam que o grupo invadiu o sistema do Banco de Muscat, em Omã, em fevereiro. E em questão de dez horas, integrantes da gangue teriam sacado US$ 40 milhões em caixas eletrônicos
Segundo a promotoria de Nova York, eles agiram rapidamente para “lavar” o dinheiro, abrindo uma conta bancária em um banco de Miami e gastando o dinheiro em automóveis, entre eles um Porsche e um Mercedes, e relógios Rolex.