Em Porto Alegre, bancários e vigilantes protestam e cobram mais segurança

Mobilização no Dia Nacional de Luta por Mais Segurança nos Bancos

Bancários e vigilantes se uniram nesta quarta-feira (21), no dia nacional de luta por mais segurança nos bancos. Com atividades em todo o País, as duas categorias fizeram um ato público na Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre.

Com faixas pedindo mais segurança dos bancos e pedindo um basta para a insegurança, os trabalhadores expuseram as fragilidades e a falta de equipamentos que inibam assaltos em agências, além de exigiram mais investimentos.

“Da mesma forma que aos bancários, os bancos não dão condições dignas de trabalho para os vigilantes. Os bancos começam não dando condições de trabalho para as categorias, depois se negam a investir em segurança e por fim se negam a dar assistência para as vítimas. Nunca aceitamos essa postura, fruto da ganância dos banqueiros, e podem ter certeza, continuaremos lutando por mais segurança”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Mauro Salles.

“Essa luta não é somente dos bancários e dos vigilantes, mas de todo os brasileiros”, garantiu o diretor da Fetrafi-RS, Juberlei Bacelo. Ele lembrou que os mesmos bancos, que se negam a investir em segurança, são aqueles que não respeitam e se acham acima da legislação.

“Se há dispositivos de segurança instalados nas agências, é porque nós lutamos para que leis fossem aprovadas e lutamos ainda mais, como continuamos fazendo, para que as instituições financeiras as respeitassem”, garantiu Juberlei.

O vigilante Juarez Medeiros classificou o dia como uma data especial, para que os trabalhadores e a sociedade digam “chega de insegurança”. Além de convidar a categoria para a assembleia dos vigilantes que ocorre nesta quarta-feira, ele lamentou o fato de dois colegas terem sido feridos durante o assalto que ocorreu na terça-feira (20), no Itaú da avenida Assis Brasil.

Os vigilantes podem decretar greve. A categoria exige aumento real e do vale-alimentação de 15%, além de 25% de adicional de risco de vida. As empresas ofereceram reajuste de 7,8% nos salários e 10% no vale-alimentação.

Movimento de conscientização

O diretor Jurídico do SindBancários, Lucio Mauro Paz, lembrou que bancários, vigilantes, governo e bancos tem sua parcela de responsabilidade na segurança das agências, mas que as instituições financeiras não a assume.

“Os bancos dizem que investiram R$ 2 bilhões no ano passado em segurança, mas não dizem onde. Pelo menos, em vidros blindados, portas giratórias, em mais vigilantes ou na qualificação desses trabalhadores não foi”, garantiu.

Para o diretor de Comunicação do Sindicato, Everton Gimenis, está na hora dos bancos mudarem sua postura. “Os banqueiros deixam de investir na vida das pessoas, preferindo priorizar a estética das fachadas”.

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