As agências da Caixa Econômica Federal ficaram fechadas, na manhã desta sexta-feira (15), no centro de Maceió e na cidade de Arapiraca, em virtude de paralisação das atividades dos empregados. O movimento, coordenado pelo Sindicato, fez parte do Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% Pública, cujo objetivo foi protestar contramedidas da nova Administração.
“Tais medidas atacam os trabalhadores, privatizam segmentos lucrativos do banco e enfraquecem o caráter público da Caixa”, destaca o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos. Segundo ele, a finalidade do governo é fatiar a empresa e vendê-la em pedaços.
Dentre as medidas que ainda podem ser anunciadas está a provisão de R$ 7 bilhões para cobrir possíveis perdas com calotes na carteira de financiamento imobiliário, além da desvalorização de imóveis retomados pelo banco.
Diante de tantos atos nocivos à empresa, a direção ainda se nega a receber e dialogar com a representação dos empregados. O movimento sindical solicitou uma reunião com o banco para esclarecer as mudanças que estão sendo feitas, mas eles se recusaram a passar informações e esclarecimentos.
Mobilização contra o autoritarismo
Para enfrentar a postura autoritária da direção – característica do governo Bolsonaro – e lutar contra as medidas privatistas, os trabalhadores da Caixa e suas entidades mobilizaram-se em âmbito nacional, protestando nas agências e paralisando atividades. Em Alagoas, além de fechar até às 12 horas as unidades do centro de Maceió e uma de Arapiraca, os empregados vestiram preto em vários locais, para manifestar seu luto e repúdio às medidas entreguistas da direção.
A primeira paralisação em agências da Caixa no governo Bolsonaro contou com o apoio dos vigilantes de banco, cujo Sindicato enviou representantes. Os funcionários também receberam uma cartilha, produzida pela Contraf-CUT, Fenae e Sindicatos, que fala da história de luta e conquistas dos seus direitos.
“Este foi apenas o primeiro protesto. Muitos outros virão. Não iremos sossegar enquanto o governo e a direção da Caixa não mudarem sua política entreguista de gestão”, acrescenta o presidente do Seec-AL.
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