(São Paulo) Em intensa campanha, o Sindicato de São Paulo esteve na quinta-feira, dia 13, em uma agência do Banco do Brasil do bairro de Santana e flagrou um aviso na porta de entrada orientando os clientes a pagarem suas contas em um supermercado das redondezas. A prática desrespeita normas do Banco Central, que obriga as instituições financeiras a receberem as contas nos caixas.
Não é a primeira vez que uma agência do Banco do Brasil dá esta orientação a seus clientes. Em outubro do ano passado, o mesmo foi constatado na Vieira de Carvalho, centro da cidade.
“Isso ratifica o que constantemente dizemos: a reestruturação feita pela direção está reduzindo o quadro de funcionários, o que gera insatisfação para os clientes e para os funcionários, pois estes acabam sobrecarregados de trabalho e vítimas de pressão por metas abusivas e assédio moral”, diz Getúlio Maciel, diretor do Sindicato de São Paulo.
“Nossa mobilização já deu resultados, pois o banco anunciou mais um concurso para São Paulo. É importante lembrar também, que ainda há muitos trabalhadores que passaram no concurso de 2006 e ainda não foram chamados. Todos são fundamentais para que o atendimento e as condições de trabalho melhorem no Banco do Brasil”, completa.
Durante o ato, uma cliente, revoltada com a orientação, pediu a palavra no microfone dos dirigentes e denunciou ainda que o atendimento no supermercado não é o mesmo e que ela sempre acaba ficando sem o troco de seus pagamentos. “Isso ratifica nossa opinião contra a utilização dos correspondentes bancários, pois eles são funcionários de outra natureza e não estão habituados nem preparados para o trabalho bancário”, destaca Getúlio.
Além do aumento do número de funcionários, o Sindicato cobra o pagamento das substituições e o fim do assédio moral praticado pela Superintendência e constantemente denunciado pelos bancários. “Sabemos que é o superintendente quem assedia sem ser orientado pela direção de Brasília”, acrescenta o dirigente.
Fonte: André Rossi – Seeb SP