(São Paulo) O futuro da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil novamente está nas mãos dos bancários. A Cassi já deu início ao processo eleitoral 2008, que vai escolher titulares e suplentes para os Conselhos Deliberativo e Fiscal e para Diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes. As eleições ocorrem entre os dias 2 a 11 de abril.
Duas chapas disputam o pleito e a Contraf-CUT, juntamente com a maioria dos sindicatos filiados, apóiam a chapa encabeçada por Denise Viana, da ANABB, que ainda conta com a participação de Rui Roosevelt, do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Milton Resende, vice-presidente da Contraf-CUT, Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa do BB da Contraf-CUT, Henrique Ellery, do Sindicato dos Bancários do Ceará, Marcos Louzada, presidente do Sindicato dos Bancários de Juiz de Fora, e Marcelo, delegado sindical de Brasília, além de representantes dos aposentados e outros participantes.
Para Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, essas eleições são de extrema importância para o futuro da Cassi, principalmente após as mudanças estatutárias que salvaram a Caixa de Assistência da pior crise financeira que já enfrentou em seus 64 anos. Marcel falou com a redação da Contraf-CUT e os principais pontos da entrevista estão reproduzidos abaixo:
Contraf-CUT – Por que a Contraf e os sindicatos filiados decidiram apoiar uma das chapas? O que a diferencia da outra?
Marcel Barros – A chapa que estamos apoiando é justamente aquela que congrega as principais lideranças que nos últimos anos lutaram e conseguiram salvar a Cassi de uma crise financeira que poderia inviabilizar nossa Caixa de Assistência. Os integrantes dessa chapa garantiram e apoiaram a reforma no estatuto que mudou completamente o panorama da Cassi. Vínhamos de seguidos déficits financeiros e agora, em 2007, pela primeira vez em muitos anos vamos garantir um superávit na Cassi. Isso graças a muita luta, que teve como protagonistas as pessoas que hoje compõem essa chapa.
Contraf – E quais os desafios dessa chapa, caso vença as eleições da Cassi?
Marcel – O objetivo é consolidar a Cassi, garantindo que a entidade seja referência em auto-gestão. Mas, principalmente, melhorar e ampliar a rede de atendimento dos associados. Outro desafio importante é a implantação do plano odontológico, antiga reivindicação dos bancários, mas que até agora não saiu do papel.
Contraf – Com as mudanças estatutárias, a Cassi está salva financeiramente?
Marcel – As mudanças nos estatuto já demonstraram que foram acertadas. Como eu disse antes, pela primeira vez em muitos anos vamos ter superávit em nossas contas. A Cassi é um patrimônio importante para o funcionalismo do BB e corria sério risco de fechar as portas, risco que hoje está afastado.
Contraf – A campanha eleitoral na Cassi já começou?
Marcel – O período para as inscrições de chapas terminou no último dia 31 de janeiro. Agora as duas chapas inscritas vão aguardar a homologação pela comissão eleitoral. A partir daí, a Contraf-CUT e os sindicatos filiados devem participar ativamente da campanha, apoiando a chapa encabeçada por Denise Viana. Se a crise financeira passou e a Cassi está salva é graças ao trabalho do pessoal que integra esta chapa. Vale lembrar que as mudanças estatutárias foram conquistadas pelos bancários do BB na Campanha Salarial de 2005, mas só foram consolidadas depois de muita negociação entre a Contraf-CUT, os eleitos da Cassi, representantes dos aposentados e o Banco do Brasil. Esse grupo é o mesmo que compõe a chapa apoiada pela Contraf-CUT. São lideranças que sempre se preocuparam com a preservação e o fortalecimento da Cassi. Com as mudanças feitas, agora é hora de eleger pessoas que sempre estiveram nesta luta.
Fonte: Contraf-CUT