(São Paulo) Terminou a poucos instantes a contagem de votos da eleição para a renovação da Diretoria da Central Única dos Trabalhadores para o mandato 2006/2009. O candidato da chapa 3, Artur Henrique, foi eleito com 68,4% dos votos válidos. Votaram 2.393 delegados e delegadas.
A votação final ficou da seguinte forma:
Chapa 1 – 152 votos – 6,4% dos votos
Chapa 2 – 583 votos – 29,56% dos votos
Chapa 3 – 1.639 votos – 69,04% dos votos
Brancos – 1 voto
Nulos – 18 votos
Com essa proporção, a chapa encabeçada por Artur assume 18 cargos efetivos e cinco na suplência; a chapa 2 fica com os demais sete cargos da Diretoria efetiva e indica dois na suplência. A chapa 3 não atingiu o coeficiente mínimo de 10% exigido pelo estatuto da Central e, assim, está fora da composição da Diretoria. O Conselho Fiscal será composto por dois membros da chapa 3 e um indicado pela chapa 2.
Unidade
Em seu primeiro discurso como novo presidente da CUT, Artur Henrique agradeceu a todos os delegados e delegadas que por cinco dias participaram dos debates e trabalhos do 9º CONCUT e conclamou pela unidade de todas as forças políticas. “Neste congresso definimos um plano de lutas e vamos precisar de muita unidade para encaminhar nossa plataforma de luta. Temos de avançar nas conquistas, defender a reeleição do companheiro Lula e apresentar para o governo e à sociedade nossas reivindicações”, afirmou Artur.
Em seguida, homenageou os dirigentes que não irão compor a Diretoria na próxima gestão, “mas continuarão na luta em outras instâncias”. Ao final, fez um chamamento para que a Central cresça e aprofunde sua estrutura. “Queremos, cada vez mais, uma CUT que pressiona e que organiza a classe trabalhadora”, concluiu o novo presidente.
O novo presidente
Artur Henrique da Silva Santos, 44 anos, é técnico eletrotécnico e sociólogo, formado pela PUC. Nascido em São Paulo, iniciou sua atividade sindical em 1983, quando foi eleito conselheiro representante dos trabalhadores da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). Participou da campanha para a eleição de uma chapa cutista de oposição à direção do Sindicato dos Eletricitários de Campinas em1987,quando assumiu o cargo executivo da entidade.
Artur era secretário-geral da CUT na gestão que acaba de terminar.
Fonte: CUT