O próximo domingo, dia 28 de abril, é considerado o “Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho” e o “Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho”. Proposta pelos movimentos sociais dos Estados Unidos, a data é uma homenagem a 78 trabalhadores que morreram nesse dia, em 1969, na explosão de uma mina em Farmington, no estado da Virgínia. Em 2003, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) elegeu o “28 de abril” como data dedicada a valorizar a segurança e a saúde do trabalho. Desde então, manifestações acontecem em todo o mundo.
“É fundamental que a sociedade reconheça a gravidade da situação de saúde dos trabalhadores. São milhares de doentes, invalidados e mortos no trabalho”, afirmou o secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mauro Salles.
Para que uma efetiva prevenção ocorra, segundo o secretário, é preciso focar nas causas, onde se originam os problemas, ou seja, nas relações de trabalho violentas. “Não podemos banalizar a situação. Há uma busca por normalizar os acidentes e doenças relacionados ao trabalho. Mas nem tudo que é normal é saudável. As patologias do trabalho produzem laços sociais perversos, fundamentados na normalização do adoecimento, fazendo crer que é normal adoecer pelo trabalho bancário, assim como continuar trabalhando doente, levando os trabalhadores a recorrerem a tratamentos médicos e medicamentosos.”
De acordo com Mauro Salles, “carecemos de uma política de estado para o tema, integrando ações, com fiscalização efetiva, uma política ativa de promoção da saúde. Precisamos de um amplo movimento para que o tema esteja no centro da agenda para que enfrentemos essa verdadeira tragédia cotidiana, que tem trazido tanto sofrimento, angústia, depressão, acidentes e doenças e mortes evitáveis.”