(São Paulo) Mais de noventa bancários de todo país participaram nesta quarta-feira, dia 20, do primeiro dia do 2º Seminário Nacional sobre Diversidade nos Bancos, promovido pela Contraf-CUT, em parceria com a Fetec CUT/SP e o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. O evento prossegue nesta quinta-feira.
Para a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Arlene Montanari, o primeiro dia foi um sucesso e os participantes até extrapolaram o horário, concentrados nas discussões. A programação foi marcada pela apresentação dos programas de diversidade dos bancos HSBC e Bradesco.
“A apresentação do HSBC, feita pelo diretor Mauro Raphael, surpreendeu em relação àquela feita no ano passado. Trouxe novidades, já que em 2006 o banco basicamente trabalhava com a inclusão dos negros. Agora o HSBC está abrindo espaço para as pessoas com deficiência e o movimento sindical vai acompanhar de perto para garantir o sucesso do programa”, disse Arlene.
Já a apresentação do Bradesco – a primeira feita aos representantes dos trabalhadores – gerou alguma polêmica. “Por ser a primeira vez, houve uma troca de informações muito grande, mas os bancários notaram muitas diferenças entre o discurso e a prática. Percebe-se que há um abismo entre quem encaminha os projetos e o que acontece de fato dentro das agências. Por isso a importância do Seminário, que trouxe ganhos para ambas as partes. Para o Bradesco, é a possibilidade de conhecer a nossa visão sobre a inclusão nos bancos. Nesse sentido, o seminário atingiu bem seu objetivo. Também é preciso destacar a postura da representante do Bradesco, Iracema Franco Mayer Macário, que procurou responder nossos questionamentos, mesmo os mais contundentes, e ainda assumiu os pontos em que não soube responder”, explicou Arlene.
Políticas Públicas
Além da apresentação dos bancos, o escritório brasileiro da OIT (Organização Internacional do Trabalho) apresentou o relatório global sobre a discriminação no mundo do trabalho, intitulado "Igualdade no Trabalho – Enfrentando os Desafios".
A apresentação foi feita por Márcia Vasconcelos, oficial de Projeto da Área de Gênero e Raça. “A OIT nos mostrou que hoje há novas formas de descriminação no mundo do trabalho, uma delas é sutil e por condições genéticas. Pessoas com pré-disposição para ter algum tipo de doença têm perdido espaço. Outra discriminação muito citada pelo relatório é contra os portadores de HIV. Entretanto, o Brasil foi citado positivamente por causa das suas políticas públicas, como a criação das Secretárias para Igualdade Racial e das Mulheres, ambas do governo federal”, contou Arlene.
Veja a programação desta quinta-feira, último dia do Seminário
9h30 – Banco do Brasil – Programa de Diversidade – Jandira Pacheco Barbosa
10h – Caixa Econômica Federal – Programa Caixa de Diversidade – Glória Francisca Gonçalves Gerente de Padrões e Planejamento – GEINP/SUPES
10h30 – Debates
11h – Café
11h15 – Banco Itaú – “Programa de Diversidade Corporativa” – Renata Tubini
11h45 – ABN AMRO Real – Maria Cristina Carvalho
12h15 – Debates
13h – Almoço
14h30 – Rodada Especial
Fenaban – Mário Sergio Vasconcelos, diretor de Relações Institucionais
MPT – Otávio Brito Lopes, vice-Procurador Geral do MPT
Contraf CUT – Arlene Montanari, secretaria de Políticas Sociais
15h30 – Debates
16h30 – Café
16h50 – Propostas e encaminhamentos
18hs – Encerramento do evento
Fonte: Contraf-CUT