O HSBC Palácio Avenida foi palco de um protesto nacional contra a postura que o banco está adotando em relação aos seus funcionários e clientes em todo país. O ato começou às 9h da manhã, com faixas, distribuição de panfletos e manifestação de dirigentes sindicais de todo o território brasileiro. Nos comentários dos dirigentes a indignação em perceber, mais uma vez, que os problemas são nacionais.
O banco inglês HSBC teve um propósito claro, desde que comprou – à preço de banana, o banco Bamerindus e chegou ao Brasil: “nocautear” trabalhadores e clientes. “Eu era feliz e não sabia”, ironizou Jorge Antônio, presidente do Sindicato dos Bancários de Niteroí e trabalhador no HSBC, falando sobre as mudanças que ocorreram na gestão de pessoas do banco com o fim do Bamerindus.
Os golpes do HSBC chegam de todos os lados. Em janeiro, centenas de demissões. Em abril, 43 agências fechadas em todo país. Resultado direto: trabalhadores sem ter como sustentar suas famílias, sobrecarga de trabalho para os bancários que permanecem e queda na qualidade do atendimento prestado nas agências.
Nas intervenções dos dirigentes sindicais fica evidente que os problemas do HSBC se repetem em todas as regiões do país: demissões, remumeração injusta, adoecimento, desvalorização dos funcionários e metas abusivas.
O bancário Alan Patrício, do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, explicou para a população de Curitiba o motivo pelo qual estavam presentes neste ato dirigentes de todo o país. “Vocês devem estar se perguntando a razão de tantas gente junto. Tantos trabalhadores do HSBC de todos os cantos do Brasil. Nós estamos demonstrando que os bancários são uma categoria organizada e que não vamos deixar o HSBC passar por cima de nós”. Para os clientes, Alan destacou: “Os clientes não podem ser coniventes com o mal atendimento prestado pelo banco. Pagamos muito caro, em juros e tarifas bancárias, para aceitarmos que devido à falta de funcionários nas agências, tenhamos um atendimento precário”.
Nos depoimentos dos dirigentes sindicais ficaram evidenciadas as contradições do HSBC. “Não existe estratégia de expansão baseada em redução do número de agências e demissões”, lembrou outro dirigente, se referindo ao depoimento de Sergio Loução, ontem, dia 02, no Encontro Nacional. “Os representantes do banco estão indiferentes a realidade da base, falam com se estivessem em outro planeta”, reclamou.