Dirigentes das bases da Fetraf-RJ/ES participam de curso de formação sindical

Atividades tiveram momento emocionante com participação de ex-dirigente do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas
Participantes do curso de formação para sindicatos da base da Fetraf-RJ/ES reunidos durante o evento

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES), realizou nos dias 15 e 16, o primeiro módulo do curso de Formação Sindical: Introdução à História do Movimento Sindical e as Ferramentas de Luta.

O curso, voltado a dirigentes sindicais, em especial os que estão há pouco tempo na função ou que ainda não participaram de atividades formativas, ocorreu na sede da Fetraf-RJ/ES, no Rio de Janeiro, para os sete sindicatos da base da entidade: Angra dos Reis, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna, Macaé, Nova Friburgo e Três Rios.

Este primeiro módulo é voltado, essencialmente, para a atuação sindical e para o entendimento da economia. O programa contempla vários momentos da história sindical e do movimento bancário, mas também inclui ferramentas de ação, inclusive as mais modernas, como redes sociais, com incentivo ao seu uso.

Com metodologia baseada nos estudos de Paulo Freire e Lev Vygotsky, o curso prevê a construção do conteúdo de forma interativa. São usadas diferentes estratégias educativas, a partir de debates direcionados, textos, vídeos, informações e depoimentos.

O secretário Rafael Zanon, ao lado da convidada, Dona Nair (leia abaixo), na Fetraf-RJ/ES

O secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon, pontua que “este curso busca fazer um apanhado da importância do movimento sindical, com uma abordagem bastante abrangente. Assim, as atividades incluem temas que vão da história das entidades de representação dos trabalhadores a reflexões sobre a consciência de classe, do trabalho de base do sindicato aos direitos universais do trabalhador, de questões familiares à conjuntura política. Buscamos entender desde formas de organização para a luta até a importância social dos movimentos organizados, sempre pela perspectiva da classe trabalhadora”.

Para alcançar esse objetivo, Zanon explica que “nesse processo são feitas discussões de tópicos como direitos, greve, negociação, apoio, acolhimento, proteção, união, informação, formação, política, liderança, parceria e solidariedade, entre muitos outros. Tudo isso é importante para que os dirigentes bancários entendam de onde vem a história dos sindicatos e valorizem os elementos de luta, para que, a partir desse conhecimento da história, pensem melhor o presente e o futuro”.

O formador José Luis coordena atividade do curso no Rio de Janeiro

Na avaliação do historiador José Luis Vasquinho Paredes, formador da Contraf-CUT e um dos responsáveis pela formulação do curso, “o evento com a Fetraf-RJ/ES foi muito bom, mesclou dirigentes novos com outros mais antigos, e essa mistura acabou sendo muito boa e até emocionante. Pelas avaliações, conseguimos fazer um curso que foi importante para a federação”.

O presidente da Fetraf-RJ/ES, Nilton Damião Esperança, também ressaltou a importância do programa. “Temos que valorizar cursos como esse, pois engrandecem demais os participantes e, consequentemente, os sindicatos de suas bases. Sabermos como ajudar a estruturar a atuação sindical e a mobilizar a categoria é de grande valor”, disse.

Para a diretora de Formação da Fetraf-RJ/ES e também diretora do Sindicato da Baixada Fluminense, Elizabeth Paradela, “a proposta foi muito enriquecedora para o conhecimento e aprimoramento de todos. Essa interação e troca de experiências faz toda a diferença. A metodologia aplicada no curso foi muito bem aceita por todos no curso, que teve uma participação bem expressiva de dirigentes”.

Com emoção

Dona Nair, na Fetraf-RJ/ES

Uma convidada especial do evento emocionou os participantes, com sua história pessoal e trajetória de luta: Dona Nair Jane Lima, de 91 anos, que foi presidenta do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas do Rio de Janeiro. Dona Nair, que veio acompanhada de Maria Ferreira, vice-presidenta do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Nova Iguaçu e Baixada Fluminense, relembrou dos tempos difíceis vividos na ditadura militar (1964-1985).

Ela falou do despertar da consciência de classe, ao lembrar seus 37 anos em trabalho doméstico. Suas narrativas envolveram os presentes ao mencionar “a patroa” e uma reunião com o comunicador Flávio Cavalcante, por exemplo. Mas reteve a atenção principalmente ao rememorar o momento em que conheceu a Associação das Empregadas Domésticas do Rio de Janeiro, em 1968, e a fundação do sindicato e a construção dos direitos das domésticas na Constituição Cidadã. “Ela deixou todos os presentes encantados”, resumiu Zanon.

Análise de Conjuntura

Tela do curso de Análise de Conjuntura, que foi realizado de forma online

Nesta terça-feira (19) uma nova turma acompanhou o curso Como Fazer uma Análise de Conjuntura. O formador foi o consultor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Carlindo Rodrigues, que também é professor do curso de pós-graduação em Economia e Trabalho, da Escola de Ciência do Trabalho do Dieese.

O exercício prático foi sobre a reforma tributária, atualmente em tramitação no Congresso Nacional. Os 52 participantes eram das bases de João Pessoa (PB), Mato grosso, Cornélio Procópio (PR), Ponta Porã (MS), Campo Mourão (PR), Rio de Janeiro, Sul Fluminense, Piracicaba (SP), Videira (SC), Campo Grande (MS), Umuarama (PR), ABC Paulista e Macaé (RJ).

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