Na manhã desta sexta-feira (15), diretores e diretoras do Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região vestiram preto para defender a Caixa Econômica Federal dos ataques que vem sofrendo pela nova direção do banco, como ataques aos funcionários e contra o caráter público da instituição. A intenção do novo presidente do banco, Pedro Guimarães, é fatiar a empresa e privatizá-la aos pedaços, beneficiando a iniciativa privada com o lucro de seguros, cartões, assets e loterias.
“Hoje o governo fatia e entrega a Caixa, amanhã ele fatia e entrega o BB e quem passará a lucrar absurdamente com os bancos públicos é a iniciativa privada, o Brasil perderá muito com essa entrega e é para impedi-la que continuaremos lutando”, avalia o presidente do Sindicato, Luis Carlos dos Santos.
O governo insiste na teoria de que os bancos públicos têm muita inadimplência e que o lucro não justifica sua manutenção, prova disso é que o presidente da instituição informou que a Caixa precisará de uma provisão de R$7 bilhões para cobrir perdas. Porém, o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Dionísio Reis diz que a inadimplência na Caixa é mais baixa do que a dos demais bancos privados. A CEF fechou 2018 com um lucro de R$15 bilhões de reais.
O Dia Nacional de Luta é uma forma de protesto com o tamanho desrespeito aso trabalhadores para mostrar a contrariedade da categoria às medidas privatistas que estão sendo implantadas por Bolsonaro e sua equipe econômica. “É um tsunami liberal para acabar com o bem estar social. Se há colegas que aprovam essas privatizações, experimentem trabalhar no Itaú, por exemplo. Não é fácil, mas precisamos dar um basta nisso”, relatou Roberto Leite, diretor do Sindicato e bancário da CEF.