(São Paulo) A presidenta da Uni Américas Mulheres e diretora da Contraf-CUT, Neide Fonseca, reuniu-se no último dia 5 com o Comitê de Mulheres do Peru. Durante aproximadamente uma hora, as sindicalistas peruanas expuseram as radicais mudanças que vem ocorrendo no mercado de trabalho do país e os impactos na organização das mulheres.
As peruanas revelaram uma série de problemas que passam pelas contratações sem nenhum direito (inclusive os referentes à maternidade) e por jovens que, sem outra perspectiva, aceitam trabalhar a tempo parcial.
“A ausência de formação sindical também faz parte das preocupações do Comitê de Mulheres. E neste sentido, a Rede de Mulheres vem sofrendo um processo de descontinuidade em suas reuniões e organização. A reivindicação é que se faça mais investimentos em projetos de capacitação para as dirigentes e para a base, de modo a contribuir na renovação de dirigentes”, comentou Neide.
Em seguida à reunião com o Comitê, a diretora da Contraf foi convidada a conhecer o “Sindicato Nacional de Enfermeiras do Seguro Social de Saúde”, onde reuniu-se com a secretaria-geral, o que equivale ao cargo de presidenta no Brasil.
“Esse sindicato, um dos maiores e mais atuantes, tem sua diretoria composta majoritariamente por mulheres e uma trajetória de luta e organização já desde há muito conhecida pelo UNI, que participou de algumas atividades de rua”, explicou Neide Fonseca.
A secretária-geral, Margarita Gutierrez, comprometeu-se a colaborar e investir na reativação da Rede de Mulheres do Peru.
Fonte: Contraf