(São Paulo) Nos últimos meses de 2006, aproximadamente R$ 34,3 bilhões deverão ser injetados na economia brasileira por causa do pagamento do 13º salário.
O montante, cerca de 1,69% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas por um país) brasileiro, diz respeito aos trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos, e beneficiários da Previdência Social. A estimativa é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A entidade considera que se fosse levado em conta os adiantamentos do 13º salário concedidos durante o ano (pagos por muitas empresas quando os funcionários tiram férias), a injeção na economia chegaria a cerca de R$ 52,9 bilhões, o que representaria aproximadamente 2,6% do PIB.
Segundo o Dieese, o total de pessoas que recebe o benefício é cerca de 2,7% superior ao de 2005, sendo que aproximadamente 1,6 milhão de pessoas passou a receber o 13º em 2006, por ter requerido aposentadoria ou pensão, por ter sido incorporado ao mercado de trabalho ou por ter formalizado o vínculo empregatício.
A maior parcela do montante pago como 13º salário (56,4%) deve ficar nos estados da região Sudeste, que concentra também a maior parte dos trabalhadores, aposentados e pensionistas e empregados domésticos. A região Sul ficará com 16,6%; o Nordeste, 14,6%. Para as regiões Centro-Oeste e Norte, irão, respectivamente, 8,4% e 4,2%.
O valor médio nacional estimado pelo Dieese é de R$ 872. Em termos dos proventos da Previdência, o valor médio nacional é de R$ 516. Os empregados do mercado formal receberão, em média, R$ 1.146. Cada trabalhador doméstico com carteira assinada terá direito a um valor médio de R$ 430.
O maior valor médio para o 13º, considerando todas as categorias de beneficiados, deve ser pago em Brasília (R$ 1.878) e o menor, no Maranhão, R$ 526.
Fonte: Agência Brasil