A mobilização da categoria para a Campanha Nacional 2008 prossegue, apesar da resistência dos banqueiros. A cidade de Diadema foi hoje palco de mais uma atividade da campanha, que reivindica reajuste salarial de 13,23% (reajuste mais 5% de aumento real), melhores condições de trabalho, aumento nas contratações, entre outros pontos.
A manifestação teve início às 10h na praça Castelo Branco. Integrantes do Sindicato percorreram o centro da cidade distribuindo folhetos informativos e discursando para população e bancários. Amanhã, será realizada atividade semelhante em São Caetano.
O dirigente sindical Wagner Arruda destacou a possibilidade de uma paralisação da categoria no caso de a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) continuar rejeitando as reivindicações. “Se as negociações não avançarem, a solução é uma greve por tempo indeterminado”, alertou.
“Não é possível que o setor financeiro, que é um dos que mais lucra neste país, não tenha condições de oferecer melhores salários aos trabalhadores” aponta Arruda. O diretor declarou que conta com o apoio da população e dos comerciantes na luta dos bancários, pois, afirma, “sem condições de trabalho e com poucos bancários, o atendimento aos clientes fica prejudicado”.
A diretora do Sindicato Adma Gomes protestou contra as metas abusivas impostas aos trabalhadores, o que, segundo ela, causa adoecimentos. “Hoje há muitos bancários afastados por motivo de doenças de trabalho. A pressão em cima dos bancários é grande, e a solução para isso é a contratação de mais funcionários”, alertou.
Bancos públicos
A tensão enfrentada por funcionários da Nossa Caixa, que pode ser incorporada pelo Banco do Brasil, foi discutida na atividade. “O governo de São Paulo quer acabar com o nosso último banco público. Vamos nos mobilizar para que, se isso realmente ocorrer, sejam preservados os empregos e direitos dos funcionários de ambos os bancos”, disse a diretora do Sindicato Marilda Marin
O papel dos bancos públicos no desenvolvimento do país foi comentado durante a manifestação. “Um banco público deve ajudar o desenvolvimento, portanto, não pode ter a mesma função de um banco privado”, destacou o dirigente sindical Otoni de Lima.