(São Paulo) No dia de lançamento da Campanha Salarial Unificada 2006, organizada pela CUT, os Trabalhadores do Ramo Financeiro, petroleiros, químicos, trabalhadores dos correios, da construção civil e de outras categorias, fizeram manifestações por todo o país.
No caso do ramo financeiro, foi mostrado à população o papel anti-social dos bancos, que vêm tendo lucros recordes e, mesmo assim, exploram os trabalhadores e prestam um mal (e caro) serviço à população (veja quadro das atividades abaixo).
“Os bancos têm de assumir seu papel social, melhorando as condições de trabalho e o atendimento à população”, afirma Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT. “Sabemos que as negociações serão duras, temos de nos mobilizar e mostrar nossa força para conquistarmos nossas reivindicações”, conclui.
Principais reivindicações
A minuta de reivindicações dos trabalhadores do Ramo Financeiro tem entre seus principais pontos aumento real de 7,05%, maior Participação no Lucro e Resultado dos bancos, ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que impede dispensas imotivadas, isonomia de direitos, ampliação do horário de atendimento bancário com dosi turnos de trabalho, respeito à jornada de 6 horas; fim do assédio moral, das metas abusivas e da insegurança bancária.
A segunda negociação entre a categoria e a representação patronal acontece na próxima segunda-feira, dia 21.
Confira abaixo as manifestações que ocorreram por todo o país
Norte
No Acre, houve manifestação em frente ao Itaú na capital, Rio Branco.
Nordeste
No Ceará, foi realizado ato na capital com a distribuição de bananas.
Em Maceió, o Sindicato preparou um bolo de três metros para distribuir fatias para a população, simbolizando a divisão do lucro que a categoria exige para os trabalhadores e a sociedade. Faixas e panfletos foram exibidos, criticando a cobrança indiscriminada de tarifas, as altas taxas de juros e a exploração crescente dos bancários, fatores que têm contribuído para a alta rentabilidade das instituições financeiras.
Em Pernambuco houve ato em frente à sede nacional da CUT, com delegações de sindicatos filiados de diferentes regiões do país.
Sudeste
Em Guarulhos e Região, o Sindicato integrou o Dia Nacional de Luta com agitos em todas as agências do centro da cidade, anunciando a segunda rodada de negociação geral da categoria (no próximo dia 21).
Em Araraquara, o Sindicato realizou panfletagem e promoveu reunião com os funcionários do HSBC e Unibanco, com denúncias sobre demissões nas referidas unidades e exposições sobre os eixos de campanha.
Em Bauru, foram distribuídos materiais no Bradesco e Nossa caixa.
Em Catanduva, as atividades se concentraram no Itaú, Bradesco, Unibanco, HSBC e Banco do Brasil, com forte adesão de bancários e clientes. Foram realizados protestos dentro e fora das agências, com distribuição de “Jornal do Cliente” e panfletos.
No Itaú, ainda foram distribuídos
No Rio, aconteceram paralisações de 2h e passeatas por quase todos os bancos, no centro financeiro, na avenida Rio Branco, com apresentação de uma performance, chamada de “Via Crucis do Bancário”, pela Companhia de Emergência Teatral.
Em Minas, 18 agências (do BB, Caixa Federal, ABN-Real, Bradesco, Itaú, Mercantil,
Unibanco, e mais duas unidades da Taií Financeira) pararam em BH, na região central até às 12h. Durante o ato, um grupo de teatro apresentou uma pequena peça satirizando as situações enfrentadas pelos bancários e também a ganância dos banqueiros.
Sul
Em Londrina (PR) pararam quatro agências bancárias: Itaú Londrina (principal agência do banco na cidade); Itaú Ouro-Verde; ABN-Real Centro; Unibanco Catedral.
O Sindicato de Umuarama, Assis Chateaubriand e Região promoveu ato hoje, em frente aos bancos Bradesco e HSBC. Foram distribuídos panfletos para a população e faixas foram afixadas nas paredes das agências bancárias.
Já o Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região fez sua manifestação, ao som de Jazz e MPB ao vivo. Os dirigentes sindicais visitaram as unidades do Itaú e do Bradesco do Centro (na Ilha), do Estreito (Continente) e de Barreiros e Kobrasol (no município de São José), onde distribuíram uma carta aberta à população.
Fonte: Contraf-CUT