Mobilização contra as demissões e as precárias condições de trabalho
Os bancários paralisaram, nesta terça-feira, 25, as atividades da agência do HSBC localizada na rua da Bahia, no centro de Belo Horizonte, para exigir o fim das demissões, por melhores condições de trabalho, mais respeito e valorização. A data marca o Dia Internacional de Luta na América Latina contra os abusos cometidos pelo HSBC em toda a região.
No Brasil, o banco lucrou R$ 1,225 bilhão em 2012, um crescimento de 9,6% em relação a 2011. No entanto, o HSBC cobra de seus clientes as taxas de juros e as tarifas mais altas do mundo. Além disso, mesmo com o lucro exorbitante, o banco fechou 1.002 postos de trabalho em 2012 e pratica uma inexplicável rotatividade de mão de obra, gerando desemprego e precarização.
O número reduzido de bancários em função das demissões tem se refletido em filas nas agências e na piora da qualidade do atendimento, além de fazer com que bancários trabalhem no limite e sob extrema pressão.
Os bancários do HSBC sofrem com o descaso do RH do banco quando adoecem por problemas psicológicos, LER/Dort ou outras doenças, e tiveram que arcar com um aumento abusivo no valor do plano de saúde.
Os trabalhadores consideram que é fundamental a unidade de ação em todos os países latino-americanos onde o banco atua, uma vez que em diversas nações o HSBC está em processo de venda, ameaçando o emprego e os direitos dos trabalhadores.
Para o funcionário do HSBC e diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, Giovanni Alexandrino, a manifestação desta quarta-feira foi importante para o avanço nas negociações específicas. “Durante o ato, tivemos a oportunidade de demonstrar todo o descaso do banco aos clientes e bancários através da carta aberta e iremos avançar na pauta específica nas reuniões marcadas para os dias 2 e 30 de julho”, acrescentou.
Já o funcionário do banco e diretor do Sindicato, Geraldo Rodrigues, afirmou que o HSBC tem plenas condições de atender as reivindicações dos bancários. “Continuaremos com as mobilizações, cada vez mais fortes, para exigir a valorização e o respeito com os funcionários, clientes e usuários”, afirmou.