O dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, foi marcado por diversas manifestações por todo o mundo. O movimento feminista ocupou as ruas das principais capitais para protestar em defesa da democracia e pelos direitos das mulheres. No Brasil, as reivindicações também foram contra a ameaça aos direitos já conquistados e ao fim do retrocesso, promovido pelo atual governo.
Na Espanha, o movimento sindical convocou trabalhadoras de várias categorias para aderirem a uma paralisação de um dia. A mobilização afetou os serviços de transporte e de comunicação.
Na Coréia do Sul, as trabalhadoras vestiram –se de preto e apoiaram o movimento #metoo (eu também, em inglês), que exige que os homens acusados de abuso sexual sejam penalizados pela justiça. Em Bangladesh, as mulheres exigiram mais segurança e pelo fim da violência contra a mulher.
As indianas, italianas e inglesas clamaram por igualdade salarial e pelo fim da desigualdade social.
Para a secretaria da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, o desrespeito e a violência contra a mulher são ainda problemas persistentes não apenas no Brasil, mas em vários países do mundo. “Precisamos desconstruir essa ideia de que a mulher é um ser frágil. Somos fortes, temos coragem e podemos ser o que quisermos ser dentro da sociedade. Não há justificativa para que uma mulher receba um salário menor que o homem. A mulher, além de trabalhar, ainda executa a dupla jornada, que é quando ela chega em casa e tem que cuidar do lar e dos filhos”, disse.
Marcha das Mulheres em São Paulo
A Marcha das Mulheres, que aconteceu em São Paulo, nesta quinta-feira, teve como tema “Pela Vida das Mulheres, Democracia e Soberania. Temer Sai, Aposentadoria Fica.” As mulheres se concentraram na Praça Oswaldo Cruz e saíram em caminhada pela Avenida Paulista, palco de manifestações históricas.
Dentre as bandeiras deste ano, protestos contra as reformas promovidas pelo governo Temer, a retirada de direitos e defesa da igualdade de oportunidades. “Não podemos esquecer que nesse cenário de retrocessos as mulheres são as mais prejudicadas. As mulheres precisam se unir e mostrar toda a sua força em busca de uma sociedade mais justa, igualitária e livre de violência”, finalizou a secretaria da Mulher da Contraf-CUT.
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