Dia do Índio é comemorado em todo o continente americano nesta segunda

Neste ano de 2010, o Dia do Índio, criado em 19 de abril de 1941, por iniciativa do 1º Congresso Indigenista Interamericano, ocorrido na cidade mexicana de Pátzcuaro, é sinônimo de luta, resistência e solidariedade.

Para marcar a data, as atividades programadas pelas entidades indígenas de todo o país têm o objetivo de mostrar o passado, o tempo do cativeiro e do massacre, e o presente, o tempo dos direitos e de novas demarcações de território.

No Brasil, a população indígena está estimada em 750 mil pessoas, dividida em 241 etnias com 180 línguas diferentes. O grosso dessa população se concentra na Amazônia, seguida do Planalto Central.

Neste dia 19 de abril, país afora, as lideranças dos povos indígenas debatem as principais demandas do universo indígena. Sem dúvida, a demarcação das terras é condição necessária à sobrevivência física e cultural dos povos indígenas. Essa, aliás, tem sido a reivindicação ao longo das décadas.

Para os índios, assegurar o direito à terra significa garantir que as diferentes formas de viver, alternativas à sociedade dita civilizada, continuem existindo. Fica a certeza de que a demarcação das terras indígenas possibilita a manutenção de importantes ecossistemas e o fortalecimento de conhecimentos tradicionais milenares.

Atualmente, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão pastoral da Igreja Católica, 988 terras são reconhecidas como indígenas no Brasil. Desse contingente, apenas 366 estão regularizadas. As demais terras têm pendências administrativas e jurídicas, sendo que 323 sequer tiveram os procedimentos de demarcação iniciados.

Em diversas regiões do país, a situação dos povos indígenas é preocupante. Há índios acampados na beira das estradas, outros presos, torturados, perseguidos. Muitos sem direito à saúde e educação de qualidade. Os que lutam por seus direitos enfrentam a violência, a criminalização, a injustiça, a miséria. Diante disso, a luta por demarcação dos territórios indígenas tem estreita ligação com duas outras prioridades: a melhoria da saúde e da educação destinadas às aldeias.

Terra, saúde e educação para os índios representam a concretização de um Brasil multirracial, capaz de conviver pacífica e harmonicamente com as diferenças entre os povos que habitam o seu território.

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