Dia de Luta: Bancários do Banestes param setores estratégicos do banco

(Vitória) Os bancários do Banestes fecharam na manhã desta quarta-feira, 31, o prédio onde funciona a direção geral – edifício Pallas Center, no Centro de Vitória – e o Centro de Processamento de Dados (CPD), que fica na Avenida Marechal Campos, também na capital. A paralisação desses dois setores estratégicos foi até o meio-dia.

No edifício Pallas Center, onde funcionam várias gerências do banco – de Planejamento, Jurídica, de Arrecadação, Financeira, Recursos Humanos, entre outras – apenas um contingente mínimo entrou para manter os serviços de compensação, câmbio e repasse de informações para o Banco Central. Os demais setores que dão suporte às agências foram paralisados, impedindo que alguns negócios, como concessão de empréstimos de valores elevados, fossem realizados nas agências. Também o CPD, que entre outras funções dá suporte em caso de pane nos sistemas internos do banco e nos canais de atendimento eletrônico ao cliente, ficou paralisado. A Polícia Militar permaneceu em frente aos dois prédios durante a manifestação.

O protesto, aprovado na assembléia do dia 30, faz parte do calendário local da Campanha Salarial 2007 e visa pressionar a direção do banco estadual a abrir as negociações da pauta específica. Desde o mês de agosto, o Sindicato busca a abertura das negociações. Em audiência na Delegacia Regional do Trabalho solicitada pela entidade, o mediador Roberto Cavalcante Leão Borges propôs ao Banestes que aceite negociar o acordo coletivo. Até o momento o banco não deu resposta à proposta.

Entre as reivindicações dos bancários do Banestes está a reformulação da Estrutura de Cargos e Remuneração (ECR), visando corrigir distorções existentes. A revisão dos planos de carreiras já foi conquistada nas negociações específicas com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal na Campanha Salarial deste ano. Agora só falta o banco estadual adotar as medidas necessárias. Outra reivindicação nesta campanha é o pagamento de 25% de gratificação semestral aos novos funcionários. Os bancários também querem a reposição das perdas salariais desde 1994. Considerando os 6% garantidos na Convenção Coletiva Nacional negociada com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os funcionários do Banestes ainda têm uma perda de 37,02%. Desse total, 26,10% referem-se aos anos em que o banco deixou de cumprir a Convenção Coletiva.

Cartazes
Além do protesto dos bancários nesta quarta-feira no CPD no Pallas Center, todas as agências do Banestes na Grande Vitória e Colatina amanheceram com cartazes afixados nas suas fachadas com os seguintes dizeres: “Banestes 70 anos. Este banco existe porque você lutou por ele. Paulo Hartung, não manche essa história. Negociações já”. Outdoors com os mesmos dizeres estão em diversos pontos da Grande Vitória e no interior do Estado desde sábado, dia 27. A campanha coincide com o encerramento das comemorações oficiais do aniversário do banco realizadas em outubro.

Fonte: Seeb ES

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