Os avaliadores de penhor da Caixa estão mobilizados para pressionar o banco a estabelecer um ambiente saudável para o setor, com mais valorização profissional e condições dignas de trabalho. Nesta quarta-feira (20), durante manifestações Brasil afora, por orientação da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf/CUT nas negociações com a empresa, os trabalhadores deram um basta ao desrespeito com que comumente são tratados, a exemplo do recente golpe representado pela retirada do pagamento do adicional de insalubridade, com recuo posterior graças à mobilização dos empregados e pressão das entidades representativas.
“Defendemos um ambiente saudável para os trabalhadores e os clientes que recorrem diariamente ao penhor. Enquanto essa conquista não é alcançada, é arbitrário suspender o adicional de insalubridade dos avaliadores. Queremos tempo para que sejam contratadas perícias técnicas, a fim de que os locais de trabalho possam ser melhor avaliados”, ressalta Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa e diretora de Administração e Finanças da Fenae.
Segundo o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, o valor do adicional de insalubridade é pago há mais de 40 anos, representando hoje apenas R$ 352, em razão dos riscos à saúde gerados pela manipulação de produtos químicos. “Inicialmente o processo de retirada do benefício foi colocado em prática de forma unilateral. Não houve diálogo com empregados e entidades representativas. Não podemos permitir esse desrespeito, nem prejuízos aos trabalhadores e retrocessos”, diz.
Federações e sindicatos realizaram atividades e distribuíram cópias da Carta Aberta (confira aqui a íntegra do texto) aos clientes e usuários da Caixa. O documento, elaborado pela Contraf/CUT e pela Fenae, destaca a importância da área de penhor, ao mesmo tempo que defende a oferta por parte do banco de um ambiente salubre para os trabalhadores do setor.
Dia Nacional de Luta
No próximo dia 3 de agosto, os empregados realizam um Dia Nacional de Luta pela Caixa 100% Pública, por Contratação e contra a Retirada de Direitos na Caixa. Nessa ocasião, haverá o retardamento da abertura de unidades. O propósito é o de cobrar respeito da direção do banco, assim como a reversão de mudanças nos critérios de incorporação de função.
Como parte desse processo de luta, em 2 de agosto, será realizado um tuitaço. Nesse dia, os empregados, sindicatos e federações devem fazer postagens nas redes sociais com a hashtag #CaixaNãoMexaNosMeusDireitos. Recomenda-se ainda que cartazes sejam remetidos para todas as unidades do país, a fim de que os empregados tirem e postem fotos.