Hoje, dia 3 de dezembro, é comemorado o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. A data foi criada na 37ª Sessão Plenária Especial sobre Deficiência da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, realizada em 14 de outubro de 1992, e visa gerar conscientização, compromisso e ações que transformem a situação dos deficientes no mundo.
No Brasil, nesses 25 anos, ocorreram avanços, como mudanças na legislação (acessibilidade, “lei das cotas” etc.) e ações afirmativas que passaram a ser praticadas pelo governo (educação inclusiva). Mas ainda há muito que avançar na questão da pessoa com deficiência. “É preciso mudar a cultura da sociedade, que vê como assistencialismo a inclusão desse segmento, tanto na esfera social quanto no mercado de trabalho, ignorando o potencial e a qualificação dessas pessoas”, avalia Arlene Montanari, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.
No ramo financeiro a situação não é diferente. Segundo Arlene, em que pese a maior contratação (por força da lei, mais especificamente no estado de São Paulo, onde há maior fiscalização), há que se verificar as condições de trabalho oferecidas a essas pessoas e principalmente as oportunidades de crescimento profissional. “Da forma como vem ocorrendo, essa atitude insere no mercado de trabalho, mas não inclui. Insere mas discrimina”, explica.
Uma novidade no setor é o Censo do Mapa da Diversidade, pesquisa que será aplicada em meados de janeiro em bancos de todo o país. “Será um excelente meio de verificarmos essa realidade, inclusive nas questões de gênero, raça, geração e ascensão profissional, entre outros dados. A pesquisa deverá ser acompanhada de perto pelo movimento sindical, uma vez que nada mais é do que a ‘auditoria de diversidade’ que reivindicamos já há muitos anos”, explica Arlene.
Arlene informa que a Contraf CUT realizará, em breve, uma oficina à esse respeito, no sentido de conscientizar o movimento sindical sobre a importância desse censo e preparar todos os dirigentes para o acompanhamento e incentivo e orientação aos bancários para o preenchimento da pesquisa. “Vamos nos engajar nesse processo para conquistarmos, de fato, a igualdade de oportunidades e de tratamento”, sustenta.
Fonte: Contraf-CUT