(São Paulo) Na próxima quarta-feira, 15 de agosto, a CUT vai realizar uma mobilização pelas ruas de Brasília, com a participação de mais de 15 mil trabalhadores e trabalhadoras de todos os estados do país.
É o Dia Nacional de Mobilização da CUT. Vindas de ônibus, as delegações vão se concentrar a partir das nove da manhã em frente à Catedral de Brasília. A partir das 10h, tem início o ato político e posteriormente a marcha rumo ao Congresso Nacional. Lá, as delegações vão se concentrar novamente e lideranças e militantes, em carros de som, comandam ato político para defender a pauta de reivindicações. Ao meio-dia será realizado um abraço ao Congresso, com todos os militantes de mãos dadas.
O atendimento da pauta depende em parte do Congresso Nacional, mas também do governo federal. Por isso, além da mobilização de rua, a CUT quer realizar audiências com ministros e parlamentares no período da tarde – as lideranças sindicais cutistas vão se dividir nessa tarefa, pois algumas audiências, se confirmadas, ocorrerão simultaneamente.
Parte significativa da pauta de reivindicações refere-se a ameaças aos direitos dos trabalhadores acenadas pelo governo federal. A CUT cobra que o governo Lula retire projetos já encaminhados e outros em gestação, e acolha propostas elaboradas pela Central e seus sindicatos filiados. Sobre o Congresso, a cobrança se dará pela aprovação de projetos de interesse da classe trabalhadora.
Entre as categorias que vão participar da mobilização, os metalúrgicos chegarão a Brasília primeiro, para realizar um acampamento entre os dias 13 e 15.
Veja a pauta de reivindicações da CUT:
respeito total ao direito de greve e fim do interdito proibitório. Para tanto, a CUT defende que o governo abandone os projetos esboçados para restringir o direito de greve e ratifique a Convenção 151 da OIT, além de regulamentar um sistema de negociação permanente no serviço público, com participação dos usuários;
manutenção, pelo Congresso, do veto à emenda 3;
retirada do projeto de lei que pretende criar as fundações estatais de direito privado;
manutenção dos direitos previdenciários e inclusão dos trabalhadores que atualmente estão fora do sistema, como forma de fazer justiça social e garantir a sustentação da Seguridade Social. Fim do fator previdenciário;
reforma agrária, atualização do índice de produtividade e incentivo à agricultura familiar;
retirada do PLP 01, que pretende “engessar” os investimentos federais na folha de pagamento da União;
aprovação dos projetos de redução da jornada de trabalho e de limitação das horas extras;
valorização da educação pública e adoção de um piso salarial nacional digno.