(Belo Horizonte) No dia 31 de agosto a agência do Bradesco na Avenida Tiradentes, em Contagem, foi cenário de mais um ato de violência. Um homem entrou armado dentro do setor de auto-atendimento, assaltou e matou o motorista de ônibus Antônio José do Carmo, de 51 anos.
A tragédia ocorrida com o motorista poderia ter sido evitada se o banco cumprisse a lei estadual de segurança bancária, que obriga os bancos a colocarem a porta de segurança na entrada do banco, antes do auto-atendimento. Na agência de Contagem a porta com detector de metais fica depois dos caixas eletrônicos, não havia sistema de câmeras e os seguranças da agência não possuíam sequer coletes a prova de balas.
Ignorando o Acordo Coletivo de Trabalho e menosprezando o trauma sofrido pelos bancários, clientes e usuários, a gerência queria reabrir a agência após o crime. O Acordo Coletivo de Trabalho determina a emissão do Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) e o fechamento da agência onde ocorrem assaltos.
"Foi necessária muita pressão do Sindicato para forçar o banco a manter a agência fechada e emitir o CAT. Isso é de extrema importância, porque os bancários podem manifestar algum tipo de trauma devido à violência após muitos anos e o CAT garante que os seus direitos sejam respeitados", afirma Leonardo Marques, bancário do Bradesco e diretor do Sindicato.
Para Leonardo Fonseca, diretor do Sindicato e membro da Comissão de Segurança Bancária, a postura dos bancos é um convite para os assaltantes. "Sem dispositivos obrigatórios de segurança, qualquer bandido se sente à vontade para assaltar dentro de uma agência. A irresponsabilidade do banco não tem limites", desabafa Leonardo.
Fonte: Seeb BH