Nesta segunda-feira, 13 de abril, a direção do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e região teve a primeira audiência relativa à denúncia protocolada no Ministério Público do Trabalho (MPT) quanto aos problemas detectados na incorporação do BESC ao Banco do Brasil.
Os dirigentes e a assessora jurídica do Seeb Florianópolis relataram à Procuradora do Trabalho, Quézia Araújo Duarte de Aguiar as dificuldades que têm ocorrido no processo de migração dos empregados egressos do banco catarinense para o BB. Questões graves como o Banco do Brasil condicionar a “migração/adesão ao seu Regulamento e PCS a uma renúncia total e irrestrita de direitos, inclusive, aos chamados direitos irrenunciáveis, como à estabilidade de emprego, conquistada por alguns trabalhadores egressos do BESC, direito este incorporado ao contrato individual de trabalho de cada bancário”, presentes na denúncia, foram mencionados.
Neste primeiro momento, o destino dos empregados da extinta Direção Geral (Dirge) do BESC – que ainda estava indefinido, a garantia dos direitos adquiridos, a exemplo da estabilidade e a retroatividade a 1º de outubro de 2008 (data oficial da incorporação) serão os assuntos principais da reunião que o MPT irá marcar com o Banco do Brasil e que contará com a participação da Direção do SEEB.
Somente na semana passada o BB oportunizou aos empregados da Dirge uma concorrência dentro do Banco do Brasil. Mas ainda assim esses trabalhadores, como todos os demais egressos do BESC, serão obrigados a renunciar a direitos já garantidos no banco catarinense para poder optar pela carreira do Banco do Brasil.
“O BB tem implementado medidas com uma velocidade impressionante. É um jogo de pressão e tensão, onde as pessoas têm que decidir suas vidas de um dia para o outro”, disse o sindicalista e ex-besquiano, Moacir Tomaz de Oliveira. Segundo informações que têm chegado ao Sindicato de Florianópolis, vagas que têm surgido nas agências estão sendo ocupadas por funcionários do BB que vem até de fora do Estado de Santa Catarina. A assessora jurídica do SEEB, advogada Susan Mara Zilli explicou à Procuradora que, com relação aos empregados da Dirge, mesmo dentro de um “um grupo de iguais, a seleção só pode ser possível se os empregados fizerem a adesão à carreira do BB”.
A Direção do Sindicato dos bancários de Florianópolis continuará atenta a todos os trâmites na Justiça, para que os empregados oriundos do BESC tenham seus direitos respeitados.