Neste sábado (21), o Sindicato dos Bancários da Paraíba realizou a solenidade de posse dos delegados sindicais do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O evento foi realizado no Espaço Cultural Marcos Lucena, na sede da Entidade, com palestras, debates, lançamento da Cartilha dos representantes de base e um almoço de confraternização com música ao vivo.
A abertura do evento foi feita pelo presidente do Sindicato, Marcelo Alves, que compôs a mesa virtual juntamente com o diretor da Contraf-CUT, Marcos Vandaí, o secretário-geral do Seeb-PB, Jurandi Pereira e o vereador Marcos Henriques (PT-PB).
Na saudação inicial, Marcelo Alves agradeceu a presença de todos e exaltou a figura do Delegado Sindical. “É uma responsabilidade enorme fazer parte da luta em defesa da categoria bancária em um momento de retrocessos crescentes contra a classe trabalhadora. Por isso, cada um aqui é responsável pelo fortalecimento do elo entre o Sindicato e os colegas de trabalho que os elegeu. Essa representação da base precisa cada vez mais mobilizar a categoria para o enfrentamento que vem sendo travado contra as medidas predatórias desse governo golpista”, destacou.
Na primeira atividade do encontro, os técnicos do Dieese, Renato Assis (Dieese-PB) e Ediran Teixeira (Dieese-RN), analisaram as perspectivas de negociação após o dia 11 de novembro, quando entra em vigor a Deforma Trabalhista do golpista Temer. A apresentação também destacou os instrumentos que regem os direitos dos trabalhadores bancários, como os Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Constituição Federal. Os técnicos também fizeram uma explanação sobre todas as fases da Campanha Nacional dos Bancários que antecedem a negociação com os banqueiros.
Na sequência da programação, Marcos Vandaí lançou a Cartilha do Delegado Sindical e apresentou um panorama de desafios que o movimento sindical irá enfrentar, enaltecendo a luta e resistência adquirida na labuta feita pelos delegados de base. Para ele, as perspectivas de enfrentamento num cenário em que as limitações impostas ao movimento sindical foram agigantadas, devem ser traçadas com mobilização, unidade e organização de todos.
“Num contexto histórico, o delegado sindical herdou a representatividade da cultura de enfrentamento em defesa da classe trabalhadora, que é travada no cotidiano laboral, onde se dá a exploração da força de mão de obra; é no ambiente de trabalho que o delegado sindical tem seu papel efetivado, uma vez que se enfrenta todo e qualquer fato de degradação da força de trabalho e desigualdades”, salientou.
Na dinâmica do encontro, foram formados grupos específicos com delegados sindicais dos bancos públicos com o objetivo de levantarem as principais demandas inerentes aos locais de trabalho, em seus respectivos bancos. O resultado desse trabalho foi apresentado na plenária final.
O evento foi encerrado com um almoço de confraternização, ao som da voz e do violão de Kyldare Santos e seu repertório eclético e versátil.