As condições da agência do HSBC em Angra dos Reis, que está há quatro meses em obras, eram tão precárias que já não adiantava mais recorrer a paliativos. Com a temporada de chuvas na região, as inundações são freqüentes. Há diversos pontos de infiltração no prédio, a instalação elétrica não foi concluída e a fiação ficou exposta por toda agência.
Desde o início das reformas houve queda de vários pedaços de reboco, que chegaram a danificar equipamentos. O perigo não é somente para os bancários que trabalham no local, mas também para a população que usa os serviços da agência.
Os diretores do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis e a administração da unidade tentaram diversas vezes, junto à diretoria do banco, resolver os problemas da reforma interminável, mas não houve solução. “Só faltou falarmos com o presidente do banco”, informa Jorge Valverde, presidente do sindicato.
Foi preciso, então, recorrer à Defesa Civil, solicitando uma vistoria. Os agentes do órgão estiveram no local na última sexta-feira, dia 17, e constataram que as condições do prédio não ofereciam segurança para seu funcionamento. A agência foi interditada e determinada sua desocupação até que os problemas sejam sanados. Os bancários foram dispensados do trabalho.
O banco ficou de providenciar a solução durante o fim de semana para que a unidade possa ser aberta na segunda-feira. O sindicato vai realizar uma assembleia em sua sede para avaliar a situação e, dependendo do resultado da ação emergencial, definir se concorda com a reabertura.
“O banco ainda não informou o que será feito com os funcionários caso a unidade não possa funcionar no início da semana que vem. Mas não vamos permitir que os bancários trabalhem em condições precárias. Se for preciso, vamos entrar em contato com a Defesa Civil novamente.
Vamos também encaminhar denúncia à Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente e ao Centro de Referência de Saúde do Trabalhador. Seria uma irresponsabilidade do sindicato não fazer nada numa situação como esta”, completa Valverde.