(Brasília) "Nós não temos medo do debate. Nós não temos dogmas. Mas, se a questão é combater dogmas, então peço aos conselheiros que os abandonem e venham debater a redução do elevadíssimo superávit primário, a redução da alta taxa de juros, o aumento das verbas para políticas públicas e sociais e a inclusão dos trabalhadores. Queremos discutir temas como o que fazer para acabar de uma vez por todas com a morte de trabalhadores cortadores de cana no Brasil, por exemplo. O que não aceitamos é sermos convidados sempre para discutir a agenda da direita, a agenda que foi derrotada nas últimas eleições".
Este é um trecho da intervenção do presidente da CUT, Artur Henrique, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) nesta quinta, após declarações do presidente Lula, que pediu aos sindicalistas que discutam reformas trabalhistas e previdenciárias sem "medo" e sem "dogmas".
Artur Henrique também defendeu que o CDES comece a formular ações de governo e de país para garantir com urgência condições dignas de trabalho, saúde e proteção aos cortadores de cana, especialmente agora, em que o governo pretende investir mais no etanol. Os conselheiros presentes aprovaram a criação de um grupo de trabalho para elaborar esse projeto.
Fonte: Isaías Dalle, CUT