(São Paulo) Com o objetivo de mobilizar a sociedade e lutar pela revisão deste aumento, a CUT Nacional convoca as Estaduais da Central, os Ramos e as Entidades filiadas a organizarem Atos Públicos e abaixo-assinados de repúdio ao aumento abusivo, a pressionar os parlamentares por e-mails, visitas e mobilização nos aeroportos, dentre outras iniciativas.
As atividades devem ser informadas à Secretaria Geral da CUT Nacional.
NOTA OFICIAL
O acordo anunciado pelos líderes partidários da Câmara e do Senado para reajustar em inacreditáveis 90,7% os salários dos deputados e senadores que assumirão os mandatos em fevereiro de 2007, passando os seus vencimentos para R$ 24.500,00, é uma verdadeira bofetada no povo e na democracia brasileira. Com esta decisão, os deputados e senadores não contribuem para a defesa da política e do parlamento, ao contrário incentivam o achincalhamento das instituições democráticas.
Ao invés de demonstrarem tamanha insensibilidade e cobiça, os parlamentares deveriam estar somando esforços com as Centrais Sindicais, com as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros, no sentido de viabilizar o reajuste do salário mínimo para R$ 420,00 – e somente os recursos que os parlamentares querem para si próprios possibilitariam R$ 10,00 a mais no salário mínimo. Os nobres parlamentares poderiam também lembrar-se de lutar por mais recursos orçamentários para as políticas sociais, ao invés de estimular o efeito cascata dos reajustes nos estados e municípios e permitir que recursos públicos escoem pelo ralo.
Cabe dizer que não somos contra o reajuste dos salários dos parlamentares, desde que estejam em sintonia com os índices inflacionários do período e com a política salarial geral.
Esperamos que os deputados e senadores revejam o reajuste. E a CUT está organizando sua militância, as trabalhadoras e os trabalhadores brasileiros, para saírem às ruas e exigirem respeito. Além das mobilizações e dos abaixo-assinados já em andamento, estamos também analisando a possibilidade de ações jurídicas para reverter este despropósito.
Artur Henrique
Presidente