(São Paulo) Uma das razões da greve dos metroviários é das mais justas e dignas: eles querem que todos os trabalhadores da companhia ganhem o mesmo valor de PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Eles não concordam com a proposta do governo estadual e do Metrô, que querem pagar mais PLR para os cargos de confiança – aqueles indicados pelos governantes e que, no caso da greve do Metrô, estão conduzindo os poucos trens em circulação. Não é verdade que a greve é apenas por antecipação do pagamento da PLR.
O debate de fundo dessa greve é sobre o papel do serviço público. E a intenção demonstrada pelo governo de ampliar o número de cargos de confiança, numa tentativa vã de esvaziar o movimento sindical, não contribui em nada para o fortalecimento da democracia e do controle social sobre o setor público.
Artur Henrique – Presidente nacional da CUT