CUT lança novo site e campanhas para o próximo período

Nesta quarta-feira (06), a 12.ª Plenária Nacional da CUT, que acontece na cidade de São Paulo, entrou no segundo dia e apresentou o novo Portal do Mundo do Trabalho, as campanhas para o próximo período e iniciou os debates sobre as estratégias de luta.

Na parte da manhã, os trabalhadores discutiram a conjuntura sindical e o balanço da atual gestão. Artur Henrique, presidente da Central, comentou as ações, ainda em pauta, realizadas pela entidade: dias nacionais de luta; jornada pelo desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho; participação no Fórum Nacional da Previdência; combate à terceirização; atuação nas negociações nacionais; alianças cutistas; organização da mulher e da juventude trabalhadora; projetos para democratização da comunicação; atuação na política internacional e defesa da saúde do trabalhador e da economia solidária como modelo de desenvolvimento.

O sentimento comum a todos os dirigentes que apresentaram contribuições ao debate foi a necessidade de estreitar a relação com os movimentos sociais e com as outras centrais, além de avançar na atuação internacional.

Membro da executiva nacional da CUT, Júlio Turra destacou ações positivas, como o ato Fora Bush, na Avenida Paulista, em 2007 e as marchas de apoio ao Piso Salarial dos Professores, sancionado pelo presidente Lula no início de julho, mas também discutir pontos negativos como o PL (Projeto de Lei) 1990, que reconheceu as centrais sindicais. “Temos que lutar contra pontos negativos desse projeto porque mantém a unicidade e o imposto sindical.” A Central Única dos Trabalhadores é favorável à liberdade e autonomia das entidades representativas dos trabalhadores e à substituição do imposto por uma taxa negocial, definida em assembléia.

Antes do término da mesa da manhã, Vagner Freitas, secretário de Política Sindical da CUT, comentou o encontro com o Ministro do Trabalho, Carlos Luppi, que aconteceu nessa terça-feira, dia 05. “Definimos o envio de um PL ao Congresso que acaba com o imposto sindical e estabelece uma taxa negocial. Agora, devemos pressionar os deputados e senadores para aprovarem a medida que manterá apenas as entidades realmente representativas”, comentou.

Novo site, campanhas e publicações – A maior central da América Latina e a quinta maior do mundo inaugurou, no período da tarde, o novo Portal do Mundo do Trabalho. A secretária Nacional de Comunicação, Rosane Bertotti, falou sobre a importância do site como instrumento estratégico para fortalecer o projeto sindical da CUT e disputar a hegemonia na sociedade brasileira. “Nossa página está no ar há seis anos e hoje temos mais de dois milhões de acesso ao ano. Temos o site com maior número de visitas entre todos ligados aos movimentos sociais”, disse.

Além das notícias do mundo sindical, que subsidiam e unificam a luta dos trabalhadores, a dirigente explicou que o endereço disponibilizará documentos históricos da CUT em português e inglês. Uma rádioweb, em fase de construção, também entrará no ar, articulada com o website.

Rosane da Silva, Secretaria Sobre a Mulher Trabalhadora, apresentou a cartilha que traz um estudo inédito a respeito das mulheres no mundo sindical. “Igualdade é o Máximo, Cota é Mínimo” mostra que a taxa de sindicalização das trabalhadoras é proporcionalmente maior do que a dos trabalhadores e indica ainda quais ramos cumprem a cota mínima de 30% de cada gênero na direção da central.

A direção da CUT lembrou ainda que, neste segundo semestre, a ratificação das convenções 151 e 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) será prioridade.

A Secretária de Organização Sindical, Denise Motta Dau, apresentou as campanhas de combate à terceirização, resultado de um estudo das confederações cutistas para coibir a precarização do trabalho, e a publicação “Organização Sindical e Relações de Trabalho”, uma parceira da CUT com a CGIL. Para Ítalo Stellon, secretário geral da entidade italiana, o “intercâmbio entre brasileiros e italianos é fundamental para compreender a realidade da globalização e projetar um caminho para problemas comuns como aumento da precariedade do trabalho, perda do direito previdenciário, prejuízo na renda e dificuldade de acesso do jovem a empregos dignos/’, avaliou.

Mônica Valente e Mário Alves, da ISP (Internacional do Serviço Público), trataram da campanha “Gente é Super Legal – Diferenças que Somam”, que tem por objetivo integrar os trabalhadores na batalha por igualdade de oportunidades e contra a discriminação.

Para encerrar, Primeiro-secretário da CUT, Adeílson Telles, destrinchou a “Plataforma da Classe Trabalhadora para as Eleições 2008”, um documento conjunto das seis centrais sindicais brasileiras que tem por base, quatro eixos: distribuição de renda; valorização do trabalho (contra precarização, informalidade e terceirização), fortalecimento do papel do Estado como gerador de desenvolvimento e ampliação da participação dos cidadãos no destino das políticas públicas do país.

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