A Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Colômbia denunciou que já foram assassinados 29 sindicalistas no país durante este ano, a maioria em zonas afetadas pelo conflito armado. O presidente da CGT, Julio Roberto Gómez, reconheceu que as ameaças e ataques contra sindicalistas continuam.
A maioria das ameaças e homicídios foram praticados por grupos paramilitares, bandos de mercenários criados pelo Estado colombiano e financiados pelo narcotráfico. Em 2005, durante o governo de Álvaro Uribe Vélez, os paramilitares iniciaram uma suposta “desmobilização” em troca do rebaixamento de penas de prisão (menos de 5 anos) por delitos contra a humanidade.
Em julho do ano de 2010, a Central Unitária de Trabalhadores (CUT) da Colômbia denunciou que 60% dos sindicalistas assassinados no mundo eram colombianos. Nos últimos 10 anos foram assassinados mais de 2.778 sindicalistas, sendo cometidos mais de 11 mil atos de violência.
Tais fatos falam por si e contradizem os discursos que afirmam que no governo do atual presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, há uma superação às violações dos direitos, melhora nos direitos trabalhistas e consolidação do desmantelamento dos grupos paramilitares.