Na próxima quarta-feira 26, às 16h30, a Central Única dos Trabalhadores e as demais centrais sindicais se reúnem em Brasília com o Secretário- Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
Durante o encontro, as entidades discutirão o reajuste do salário mínimo de R$ 510 para R$ 580. Conforme anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, o governo propõe R$ 545, valor que cobre apenas a inflação de 6,47% medida em 2010 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e que, portanto, não representa aumenta real para o trabalhor.
Também estarão na pauta o repasse de 80% do valor que for definido para o mínimo aos aposentados que ganham mais de um salário e o reajuste da Tabela do Imposto de Renda, defasada em 64% em relação a 1995. Sem essa mudança, as conquistas das campanhas salariais acabam anuladas, já que os vencimentos são incluídos em uma nova faixa de contribuição e “comidos” pela Receita.
Além desses temas pontuais, as centrais cobrarão do governo da presidenta Dilma Rousseff a abertura de um canal de negociação permanente semelhante ao que existia no governo do presidente Lula. “Já havíamos conquistado esse espaço para tratar de diversos assuntos, entre eles o mínimo, o aumento para os aposentados e a correção da tabela. Em dezembro, iniciamos um processo de negociação e imaginávamos que teríamos continuidade, mas isso não aconteceu por parte do governo”, comentou Artur Henrique, presidente da CUT.