Os representantes dos sindicatos de diversas categorias do país se reuniram, na primeira quinzena de junho, para discutir a unidade entre os ramos para as campanhas salariais com data-base no segundo semestre do ano. Entre os setores de trabalhadores estavam bancários (representado pela Contraf-CUT e Sindicato dos Bancários de São Paulo), metalúrgicos, químicos, petroleiros, saúde, seguridade social, vestuário, transporte, construção, educação, agricultura familiar, comércio, serviços e aposentados.
Segundo o secretário de Finanças da Contraf-CUT, Sérgio Takemoto, diante do cenário político atual, os trabalhadores devem intensificar ainda mais a luta. “O atual momento requer mobilização e unidade dos trabalhadores de diversas categorias pela defesa dos direitos da classe trabalhadora”, destacou Sérgio.
“Caso as ameaças que pairam sobre nós se concretizem com mudanças na previdência, nas leis trabalhistas, terceirização, deterioração dos serviços de saúde e educação, os trabalhadores de todo o país precisam estar preparados para intensificar as mobilizações”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.
“Se mudar a lei de partilha do Pré-Sal na próxima semana, a destinação de recursos para educação e saúde serão reduzidas consideravelmente, em um momento de desemprego”, lamentou Rafael.
Com o objetivo de debater a manutenção dos direitos e preparar uma ofensiva contra qualquer iniciativa que ataque a classe trabalhadora, os sindicalistas decidiram encaminhar uma proposta de encontro nacional dos trabalhadores.
O presidente dos metalúrgicos do ABC defendeu ainda que os sindicatos da CUT participem dos fóruns de debate do governo interino que sejam de interesse da classe trabalhadora. “No nosso caso, não vamos deixar de debater o Programa Nacional de Renovação da Frota e o Programa de Proteção ao Emprego. Aliás, iremos lutar para que o PPE possa ser aperfeiçoado para fazer frente às ameaças de demissões na categoria”.
“A organização dos trabalhadores é imprescindível neste momento de turbulências da conjuntura política. É preciso união e fortalecimento na luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora”, pontuou a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Maria da Silva.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, reafirmou que é a organização da classe trabalhadora, por meio de cada ramo da Central, que vai fazer com que as campanhas salariais sejam vitoriosas. “Temos questões nacionais dos trabalhadores que precisam estar na luta para evitar qualquer retirada de direitos, defender os empregos e por mais avanços salariais. A mobilização será feita no diálogo e na construção conjunta com os trabalhadores”, concluiu.