CTO do Itaú é paralisado no quinto dia de greve em São Paulo

Concentração do Itaú parada engrossa mobilização por proposta decente

O CTO está parado em São Paulo. São milhares de trabalhadores na concentração do Itaú que engrossam a greve e pressionam os banqueiros pela apresentação de uma proposta decente para a renovação da convenção coletiva da categoria.

Uma das funcionárias do local resume o atual momento. “São metas que ninguém consegue alcançar. As pessoas nem se conhecem mais por conta da rotatividade. O clima está pesado na Atec, são muitas demissões no banco e colegas doentes. Tenho um colega afastado há dois anos. Infelizmente, os empresários (banqueiros) não respeitam a necessidade que temos de aumento e melhorias. E aí todo ano é necessário fazer greve e isso cansa!”

O índice de 6,1%, sem aumento real, proposto pela Fenaban (federação dos bancos) também é motivo de reclamação: “com o tanto que o Itaú lucra, não dá para aceitar os 6%”. A bancária, há 26 anos na profissão, completa afirmando que vê terceirização hoje como nunca antes. “Isso enfraquece o trabalho.”

Prática antissindical

Em vez de resolver a campanha na negociação, apresentando proposta, os bancos preferem a pressão. Antes das seis da manhã, alguns trabalhadores de diversos departamentos do Itaú, inclusive do CTO e do Ceic, já recebiam torpedos com orientações para se dirigirem para ao prédio de contingência, localizado na Rua Fábia, bairro do Lapa.

Mas os trabalhadores estão atentos e, ao lado do Sindicato dos Bancários de São Paulo, já pararam a Rua Fábia.

Passeata

Nesta terça 24, haverá uma grande passeata na Avenida Paulista, a partir das 16h, com concentração no vão livre do Masp.

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