(Recife) O número de bancários pernambucanos vítimas de acidente de trabalho aumentou em 55% ano passado em relação a 2006. É o que revela o balanço da emissão de CATs – Comunicações de Acidente de Trabalho pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco: 140 em 2007, contra 90 no ano anterior, a maioria é relativa a doenças ocupacionais.
O ABN Real, sozinho, é responsável por metade dos casos, seguido pelo Unibanco e Bradesco, respectivamente com 26 e 21 das emissões. Note-se que o levantamento se restringe aos casos que chegam ao Sindicato, porque é comum o bancário esconder que está doente, por temer discriminação no local de trabalho.
As mulheres são maioria dentre os adoecidos, 51%, embora a diferença entre gêneros tenha caído com relação a anos anteriores. O balanço mostra, ainda, que cerca de 42% das vítimas de doenças ocupacionais são gerentes. O número de doenças psíquicas representa quase 10% das ocorrências no total de acidentes registrados, a maioria no Unibanco.
Estes e outros dados integram o painel que a entidade promove na próxima quinta-feira, 28, a partir das 9:00, no Auditório Marcelo Ferreira, na sede da Boa Vista – Av. Manoel Borba, 564. O debate integra as atividades do Dia Mundial de Combate às LERs/Dorts – Lesões por Esforço Repetitivo/Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho. Participam representantes da CUT PE e da CIST – Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador no Recife. Uma exposição de fotos e fragmentos de entrevistas conta a história de Dona Lió, trabalhadora rural da região do São Francisco que perdeu a saúde no trato com as uvas.
Fonte: Sulamita Esteliam – Seec PE