Mobilização aumenta, enquanto bancos seguem intransigentes
A greve está cada vez mais forte e, no segundo dia, cresceu a adesão de bancárias e bancários de bancos públicos e privados ao movimento nacional contra a intransigência dos banqueiros e das direções dos bancos públicos federais.
Na base territorial do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, cerca de 39% das agências tiveram suas atividades paralisadas, com crescimento expressivo na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil. Na capital mineira, os bancários se concentraram em frente à agência Século da Caixa, na praça Sete, a partir das 12h.
A paralisação por tempo indeterminado foi aprovada em assembleia realizada na sede do Sindicato, no dia 12 de setembro, em resposta à intransigência dos banqueiros e das direções dos bancos federais. A proposta apresentada pelos bancos, no dia 5 de setembro, de 6,1% de reajuste sobre todas as verbas salariais, que repõe a inflação sem nenhum aumento real, foi recusada pelo Comando Nacional dos Bancários ainda na mesa de negociação.
Na segunda-feira, dia 23,, mais uma vez a categoria se concentrará em frente à agência Século da Caixa, a partir das 11h30, com realização de assembleia às 13h.
Entre as reivindicações, os bancários pedem reajuste salarial de 11,93% (inflação mais 5% de aumento real), PLR de 3 salários mais R$ 5.553,15 fixos, piso de acordo com o salário mínimo do Dieese (R$ 2.860,21), auxílios alimentação, refeição, 13a cesta e auxílio creche/babá de R$ 678 (salário mínimo nacional) cada um, fim das metas abusivas e do assédio moral, mais contratações e fim das demissões, mais segurança, Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários, auxílio-educação para graduação e pós-graduação e igualdade de oportunidades, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.
O presidente do Sindicato, Cardoso, ressaltou a importância da adesão dos bancários para que a categoria mostre sua indignação aos bancos. “É essencial que bancárias e bancários participem da mobilização e das assembleias e que estejam desde cedo nas portas das agências para conversar com colegas sobre a importância da adesão. A segunda-feira, 23, será um dia fundamental para nossa mobilização e contamos com a presença de todos na assembleia. Exigimos que os bancos atendam nossas justas reivindicações, mas para que isso aconteça a união e a mobilização são nossos maiores instrumentos de luta contra a ganância dos banqueiros e das direções dos bancos públicos”, afirmou.
