Conforme anunciado pelo Banco do Brasil, durante a segunda mesa de Ascensão Profissional e Comissionamento no fim de março, a Contraf-CUT, federações e sindicatos estarão nesta terça-feira (9), às 10 horas, em Brasília, para apontar os problemas do novo plano de funções e buscar soluções.
A direção do BB implantou, em 28 de janeiro, um plano de funções que altera drasticamente a carreira do funcionalismo e traz prejuízos para o conjunto dos trabalhadores porque, além de reduzir os salários nas funções convertidas para a jornada legal de 6 horas, diminui a verba de gratificação de todas as funções, sejam elas de “confiança”, sejam elas “gratificadas”, segundo a empresa.
“Com a revista especial O Espelho, feita pela Contraf-CUT e distribuída pelos sindicatos nos locais de trabalho, o funcionalismo entendeu melhor o quanto o plano unilateral da direção do banco prejudica a vida e a carreira dos bancários. Com a redução das gratificações de função e os constantes descomissionamentos por assédio moral e metas abusivas, o BB pretende tratar seus funcionários como vendedores de lojas que só recebem remuneração variável, ou seja, se venderem durante o mês terão salário correto de comissionado, se não venderem serão descomissionados e ganham só o piso do banco como castigo. Nós não vamos permitir isso! Os bancários irão à greve caso o banco não reveja o plano”, afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
O objetivo do BB foi implantar um plano que acaba com a percepção dos direitos conquistados a cada campanha nacional e que fica incorporado nas verbas pessoais dos bancários como, por exemplo, os aumentos reais no piso de 36% nos últimos anos e a conquista da Carreira de Mérito, frutos da estratégia de campanha unificada que fizeram os bancários ganharem salários maiores na última década.
“Os bancários devem se preparar para lutar mais uma vez pelos seus direitos. Essa direção do banco é antissindical e antidemocrática, não respeita os trabalhadores e suas entidades. A cada semana lança alguma novidade que prejudica os bancários, como tem feito com a exigência de utilização das folgas sem diálogo e respeito”, destaca o diretor da Contraf-CUT.
“Diariamente vemos os bancários tomando remédio tarja preta e no limite de caírem doentes por causa desta direção do banco. Chamamos o funcionalismo para lutar por dignidade, respeito e manutenção dos direitos conquistados na última década com mais de 100 dias de greve” defende William Mendes.