(São Paulo) Menos de quatro dias após a festa de posse da nova diretoria eleita da Contraf-CUT, a agitação dos sindicatos filiados mostra o tamanho e a importância da Confederação que representa todos os trabalhadores do ramo financeiro.
Ao mesmo tempo em que prepara as campanhas salariais dos financiários e dos bancários, os sindicatos da Contraf debatem o futuro dos empregados das cooperativas de crédito, com o projeto que regulamenta as cooperativas de trabalho enviado por Lula ao Congresso e que promete acabar com as chamadas “copergatos”
Para os financiários, esta semana é decisiva, pois até quarta-feira os trabalhadores vão aprovar sua pauta em assembléias realizadas por todo o país. Para os bancários, a Campanha tem o pontapé inicial nos dias 20 e 21, quando a Direção Nacional da Contraf reúne-se para debater o tema, além das questões que envolvem todos os trabalhadores do ramo financeiro.
“Esperamos que, num futuro próximo, todos esses trabalhadores estejam juntos com outros tantos que fazem parte do processo de intermediação financeira numa mesma campanha salarial. São mais de 1 milhão de trabalhadores. É para isso que a Contraf nasceu. É para representar os empregados do setor que mais lucra no Brasil e que também é um dos que mais explora”, comenta Vagner Freitas, presidente da Contraf.
O secretário-geral da Contraf, Carlos Cordeiro, destaca que os trabalhadores estão vivendo um momento histórico com a criação da Contraf-CUT. “Os bancários novamente se tornam referência para os demais trabalhadores, quando cumprem uma das principais estratégias da CUT, que é a ampliação da representação. Com isso, pretendemos trazer para nossa categoria muitos funcionários que trabalham para banco e que hoje estão à margem da Convenção Coletiva Nacional dos bancários”, diz Cordeiro.
A posse
A festa de posse da Contraf, realizada quinta-feira (25) na capital paulista, reuniu centenas de lideranças e personalidades dos quatro cantos do país. O presidente do PT, Ricardo Berzoini, ex-dirigente bancário, destacou que ao ampliar a representatividade para o conjunto dos trabalhadores do ramo, a Contraf dá um importante passo para o fortalecimento do movimento sindical e dos direitos sociais e trabalhistas. Em seu discurso, ele afirmou que o movimento sindical bancário “nunca se burocratizou, afirmando um sindicalismo que investiu na base e não nas cúpulas”.
Para o presidente da CUT nacional, João Antonio Felício, “os bancários têm historicamente dado grande contribuição ao sindicalismo cutista, combinando de forma espetacular as batalhas específicas com as lutas políticas mais gerais”.
O secretário-geral da CUT, Artur Henrique, destacou que os bancários são exemplo de combatividade e agora mostra o espírito inovador com a criação da nova Confederação, que já nasceu orgânica à CUT.
A festa de posse ocorreu agora, mas a nova diretoria foi empossada oficialmente no mesmo dia em que foi eleita, 25 de abril, durante o primeiro Congresso Nacional da Contraf.
Veja as fotos da festa de posse na galeria de imagens.
Fonte: Contraf-CUT