A Executiva da Contraf-CUT, em reunião realizada nesta quarta-feira, dia 2, na sede da entidade, deliberou uma série de medidas efetivas para aprofundar a consolidação do ramo financeiro, tendo como base a representação das entidades sindicais bancárias. Duas frentes serão abordadas: a jurídica, conforme deliberações do 2º Encontro Jurídico da Contraf, e a política, cujo principal elemento é a relação direta com os trabalhadores.
Será lançada uma Campanha Nacional de Sindicalização para financiários, trabalhadores terceirizados dos bancos privados e trabalhadores em cooperativas de crédito, com materiais específicos, que deverão ser apresentados na Contraf no próximo dia 24. Serão cartazes, camisetas, banners de Internet etc., alem de um novo jornal nacional será criado para este trabalho. “Estes materiais serão criados para auxiliar os dirigentes no que é fundamental, que é o trabalho junto aos trabalhadores. Não adianta nada termos uma boa estratégia se não tivermos a participação efetiva do trabalhador”, avalia Miguel Pereira, diretor da Contraf-CUT.
Após o lançamento da campanha, já no mês de maio, será realizada a 1ª Conferência Nacional dos Financiários, provavelmente num fim de semana. A intenção é permitir a participação do maior número possível de trabalhadores financiários para construir a pauta de reivindicações e criar uma nova dinâmica para a campanha salarial destes trabalhadores, cuja data-base é dia 1º de junho.
No caso dos trabalhadores das cooperativas, um primeiro foco é garantir a representação destes trabalhadores pelos sindicatos de bancários. Medidas nesse sentido serão formatadas no encontro do GT Jurídico, dias 10 e 11 em Brasília.
O outro objetivo será melhorar a negociação coletiva destes trabalhadores. Nesse sentido, foi aprovada a realização de estudos para definir níveis de classificação das cooperativas (“porte”) e para a construção de uma Convenção Coletiva Nacional para o setor.
“A Contraf está tomando todas as providências que cabem à entidade de grau superior nessa questão. Mas tão ou mais importante que essas medidas é o engajamento dos sindicatos no trabalho de conscientização e sindicalização dos trabalhadores”, avalia Miguel Pereira. “Essa mobilização precisa ser feita para garantir a consolidação do ramo financeiro que favorecerá a todos. A Contraf estará sempre sugerindo providências e encaminhamentos para que sindicatos e federações possam realizar melhor esse trabalho. A intenção é cada vez mais levar esse debate de maneira organizada e detalhada para dentro de todas as federações e sindicatos e para isso os dirigentes da Contraf irão percorrer todo o país”, afirma.
Ficou definido ainda na reunião que as federações que ainda não criaram coletivos para a discussão do ramo devem fazê-lo, indicando responsáveis para esse debate. Os nomes deverão ser enviados à Contraf-CUT o quanto antes.