Contraf e CNTV discutem segurança com Ministério da Justiça nesta terça

A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) se reúnem nesta terça-feira, dia 3, com a Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, em Brasília, para discutir a elaboração do projeto de lei de estatuto de segurança privada que visa atualizar a lei federal nº 7.102/83, que já possui quase 30 anos e se encontra defasada diante do cenário de violência, criminalidade e insegurança.

Um texto-base do projeto foi entregue para a Contraf-CUT e a CNTV pelo ministro José Eduardo Cardozo, durante audiência com as entidades que integram a Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Ccasp) e outras agremiações convidadas, ocorrida no dia 25 de maio, em São Paulo. Na ocasião, todas as representações ficaram de apresentar sugestões no prazo de dez dias.

Bancários e vigilantes encaminharam as propostas dos trabalhadores no dia 5 de junho, buscando a melhoria do projeto, na perspectiva de garantir mais segurança para a sociedade, como a obrigatoriedade das portas de segurança nas agências e postos de atendimento, a proibição de transporte de valores e guarda das chaves dos bancos por bancários, a exigência de plano de segurança aprovado pela Polícia Federal para o funcionamento das unidades bancárias e a a garantia de privacidade nas operações nos caixas para combater o crime da “saidinha de banco”, dentre outras medidas.

“Queremos um estatuto de segurança privada que traga avanços concretos e eficazes para os trabalhadores e a sociedade, de modo a proteger a vida de bancários, vigilantes e clientes, melhorar a segurança dos estabelecimentos e prevenir assaltos e sequestros”, salienta Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa e representante da Contraf-CUT na Ccasp e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

Para Daniel Reis, diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Daniel Reis, que também participa da Ccasp, “essa reunião é importante para levar o ponto de vista dos empregados. São medidas que, se contempladas, ampliarão a proteção de trabalhadores e usuários, o que a federação dos bancos vem se recusando a fazer”.

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