(São Paulo) A Contraf-CUT enviou nesta segunda-feira, dia 14, um ofício para a Caixa Econômica Federal solicitando uma negociação urgente para discutir o recente reajuste no Saúde Caixa. No documento, a Confederação diz que o aumento “causou grande estranheza, uma vez que os temas encontravam-se em debate no âmbito do Conselho de Usuários”.
No último dia 7, a Caixa divulgou a CI (circular interna) SUAPE/GESAD 008/08 na qual determina aumentos para a mensalidade de dependente indireto e para o teto anual de participação do usuário no programa Saúde Caixa. A mensalidade foi estipulada em R$ 100,00 por dependente indireto e o teto de participação, que era de R$ 1.780,00, sobe para R$ 2.400,00.
“Estávamos em pleno processo de negociação e os valores ainda não estavam definidos entre as partes. Mas a Caixa rompeu com as discussões e definiu os valores de forma unilateral. O valor estabelecido para o teto de participação, por exemplo, foi muito superior ao da proposta que os representantes dos empregados vinham defendendo na mesa de negociação”, afirma Plínio Pavão, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.
O dirigente destaca que o patamar de reajuste definido pela Caixa é inoportuno quando se constata que o Saúde Caixa alcançou, em 2007, um superávit de aproximadamente R$ 9,2 milhões. “Esse resultado permite que a sustentabilidade do programa seja trabalhada de forma sensata, num ritmo menos afoito, de forma que os usuários não sofram impactos desnecessários. A Contraf-CUT está buscando diálogo com a empresa, com o propósito de restabelecer o processo de negociação acerca dos números do Saúde Caixa, tendo como ponto de partida a revisão do reajuste que está sendo imposto para o teto de participação”, finaliza Plínio.
Fonte: Contraf-CUT