A Contraf-CUT realiza na próxima terça-feira, dia 18, reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, na sede da entidade, em São Paulo, para organizar uma campanha nacional de mobilização pela valorização dos trabalhadores e debater os principais problemas gerados pela fusão, como remuneração, emprego, condições de trabalho, saúde e convênio médico.
O banco ainda não apresentou solução a uma série de reivindicações dos trabalhadores. A última polêmica ficou por conta da proposta de R$ 1.600 feita pela empresa sobre a Participação Complementar nos Resultados (PCR) e imediatamente rejeitada pelos bancários.
“O prazo para nova proposta venceu em 7 de maio e desde então a empresa não se pronunciou. Agora é a vez dos trabalhadores responderem ao descaso do Itaú Unibanco com uma mobilização por valorização e respeito”, afirma Jair Alves, diretor da Fetec/SP e um dos coordenadores da COE do Itaú Unibanco.
A Contraf-CUT também definiu que irá elaborar um balanço social que analisa os impactos da fusão e o reflexo deste processo junto aos trabalhadores e à sociedade. Além disso, será solicitada audiência ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) do Ministério da Justiça.
“Mais uma vez o Itaú Unibanco frustra a expectativa dos bancários não apresentando nova proposta do PCR e demonstra que as medidas tomadas durante o processo de fusão não levam em consideração os interesses dos trabalhadores e da sociedade”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e funcionário do banco. “Com isso, fica nítido que o lucro recorde de R$ 3,23 bilhões alcançado no primeiro trimestre teve o único propósito de beneficiar apenas a empresa”, completa Cordeiro.
Durante a reunião, os bancários ainda debaterão com os representantes das federações os temas preparatórios para a Conferência Nacional e a Campanha Salarial que estão por vir.