A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) anunciou que fará a cobrança remanescente de valores de coparticipação relativos ao período de 2002 a 2012. De acordo com o plano de saúde, trata-se de pendências de coparticipação sobre consultas médicas e exames, que são devidas pelos associados, mas não foram cobradas devido a inconsistências no sistema.
A Contraf-CUT estranhou a decisão e questiona por que só agora a Cassi resolveu regularizar a situação, já que o problema foi detectado em 2008. A pendência já dura quatro anos, e nesse período os associados não foram sequer comunicados de sua existência.
A Contraf-CUT reforça ainda que é preciso saber o motivo pelo qual o problema só veio à tona agora. A decisão de cobrar foi tomada em maio deste ano, quando terminou o mandato de parte dos dirigentes da Cassi. “Por que os diretores da gestão anterior, ligados à antiga diretoria da Anabb, não tomaram as devidas providências e deixaram o problema estourar agora?”, questiona William Mendes, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.
A Cassi alega que a cobrança será feita seguindo as regras atuais do plano. A primeira cobrança acontece no próximo dia 20 de agosto, para aqueles que devem até R$ 50. Nos próximos meses, o plano de saúde decidirá a forma de cobrança dos valores superiores a este. No Conselho Deliberativo da Cassi, os membros indicados pelo banco propuseram cobrar correção monetária sobre os valores atrasados, mas os representantes eleitos pelos associados rechaçaram, pois os associados não têm nenhuma responsabilidade pelo erro dos gestores da Cassi. Não será cobrada a correção.
A nova gestão eleita da Cassi levou o problema à Comissão de Empresa, que mostrou seu inconformismo com a cobrança e, em reunião com o banco, exigiu que o débito mensal fosse limitado a 1/24 dos vencimentos de cada um, para evitar prejuízos maiores aos associados.
A Comissão de Empresa reivindica que a Cassi disponibilize os valores individuais de cada associado no site.