(São Paulo) O Banco Mercantil do Brasil (BMB) deve confirmar até esta sexta-feira, dia 26, a data da reunião com a Contraf-CUT para discutir o enxugamento da rede, que já resultou na demissão de dezenas de bancários. Até agora, quinze agências já foram fechadas, sendo a maioria delas no Estado do Rio de Janeiro.
A “reestruturação” foi anunciada pelo BMB no último dia 16, com o fim de sete agências na capital fluminense e outra em Niterói. Em seguida o banco fechou agências e demitiu no Distrito Federal (agência W3), no Rio Grande do Sul (Pelotas) e em Goiás (setor Oeste).
Nesta terça-feira foi a vez de Nova Friburgo (RJ) perder a sua única agência do Mercantil do Brasil. A previsão de encerramento das atividades é para 9 de março, mas dois dos nove bancários lotados na agência foram demitidos sumariamente. Ainda trabalham no local dois estagiários, dois vigilantes e uma auxiliar de serviços gerais.
No dia em que o BMB anunciou as primeiras demissões, a Contraf-CUT entrou em contato com a direção do banco, que justificou a “reestruturação” como um movimento de regionalização da empresa.
“Já há algum tempo, o banco está se direcionando para ganhar espaço em Minas Gerais e deixando outras praças. Entretanto, o fechamento das agências e as demissões também estão afetando o Estado mineiro, com o encerramento das atividades de duas agências em Juiz de Fora, uma em Belo Horizonte e outra no município de Campo Belo. Só em Juiz de Fora, seis bancários foram demitidos. Como é que o banco diz que está investindo em Minas se também está se encolhendo por lá? São questões como esta que queremos esclarecer nas negociações com o banco”, explicou Miguel Pereira, secretário de Finanças da Contraf-CUT
Além de confirmar a data da reunião com a Contraf-CUT, também nesta sexta o BMB tem outro compromisso com o movimento sindical bancário. Às 10h, haverá uma reunião com o Sindicato do Rio de Janeiro na Delegacia Regional do Trabalho.
Fonte: Contraf-CUT