Contraf-CUT participou de encontro sobre Economus nesta sexta-feira (3)

A convite do Economus-Instituto de Seguridade Social, a Contraf-CUT participou nesta sexta-feira (3), do encontro sobre “contribuições extraordinárias para o equacionamento do déficit”. O evento ocorreu na Gestão de Pessoas, em São Paulo e, além da Confederação, estavam presentes sindicatos, representantes de entidades de aposentados, conselheiros eleitos e a direção do Economus, indicada pelo Banco do Brasil.

O dirigente sindical Ernesto Izumi, secretário de Formação da Contraf-CUT, registrou na reunião a preocupação com a ausência de executivos do Banco do Brasil, que é responsável pela sustentação financeira do Economus junto com os funcionários. “É lamentável a ausência de executivos do BB para ouvir as preocupações dos associados e responderem a questões dos bancários da ativa e aposentados. Os dados apresentados são preocupantes e o banco deveria ter aberto a discussão sobre o equacionamento com os associados antes de impor o processo. Não validamos um processo que já foi decidido e reivindicamos diálogo. O BB indica a diretoria do Economus e representantes nos conselhos e ainda tem o voto de minerva. O banco não pode se esconder”, ressaltou.

Na apresentação, a direção do Economus expôs os “percentuais de contribuição extra” que vão afetar bancários da ativa (2,04%), aposentados (3,2%) e outros grupos. Além desse percentual, o Economus pretende criar um “fundo previdencial e contribuições” com contribuição dos funcionários da ativa (4,19%), aposentados (1,98%) e pensionistas (4,19%). O BB também contribui com os mesmos percentuais.

O dirigente sindical destacou que o banco deveria arcar integralmente, primeiro porque o BB herdou as responsabilidades do BNC, segundo porque essa situação deveria ter sido identificada na aquisição do banco estadual e negociações deveriam ter sido realizadas desde então. “Se o banco não sabia do problema, precificou mal a aquisição, ou se sabia, calou-se desde 2009 e agora vem apresentar a conta e os associados não podem pagar”, disse Ernesto.

Durante a campanha de 2016 a Comissão de Empresa dos Funcionários cobrou mesa de negociação específica resposta sobre Economus ao Banco do Brasil. Segundo Wagner Nascimento, coordenador da Comissão, os funcionários vão continuar cobrando a abertura da mesa e para isso é fundamental os sindicatos organizarem e mobilizarem as bases. 

 

 

 

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