Contraf-CUT participa do 4º Encontro Estadual de Bancárias da Fetec-PR

O presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, participou, na manhã desta sexta-feira (24), da abertura do 4º Encontro de Mulheres Bancárias, em Curitiba. O evento, que dá sequência às atividades alusivas ao Dia Internacional da Mulher, reúne dirigentes e lideranças sindicais dos dez sindicatos filiados à Federação para debater estratégias de resistência e defesa dos direitos trabalhistas conquistados com muita luta, contra o modelo de reforma da Previdência e pelo fim da violência contra as mulheres.

Para Roberto, as mulheres bancárias da Fetec-Paraná acertaram ao chamar uma reunião para debater a resistência e a sua organização. “No ambiente golpista de ataques aos direitos laborais e previdenciários as mulheres serão fortemente impactadas. O presidente ilegítimo, que conspirou pela derrubada da primeira mulher a presidir o Pais, é parte de um Brasil machista que vinha sendo superado lenta e duramente. Voltamos ao início do século passado e as mulheres sabem que as elites atrasadas brasileiras querem lhes impingir uma parte maior de perdas e retrocessos. Não vai ser tão fácil assim serem derrotadas pois são guerreiras. Os misóginos, golpistas e fascistas não passarão."

A principal pauta são os graves prejuízos do projeto político golpista que é ruim para todos, mas pior ainda para as mulheres. A reforma da previdência eleva a idade da aposentadoria para 65 anos, igual para homens e mulheres, sem levar em consideração que elas trabalham cinco horas a mais que os homens devido à jornada dupla da mulher, dentro e fora de casa.

A proposta também estabelece o mínimo de 25 anos de contribuição para receber benefício no valor de apenas 76% da media arrecadada. Para chegar ao valor de 100%, as trabalhadoras devem pagar o INSS por 49 anos. Mas, como as mulheres recebem 25% menos que os homens, a contribuição menor consequentemente vai gerar uma aposentadoria menor.

“Mais do que nunca este tipo de evento é importante para as mulheres debaterem as pautas emergenciais, diante do ataque que o governo está fazendo à mulher trabalhadora, como também discutir a construção da defesa das bandeiras histórias, como a luta contra o feminicídio, a violência, a discriminação, os salários e a oportunidades desiguais. A luta feminina se intensifica com a retirada de direitos da classe trabalhadora, pois a mulher acaba sendo o lado mais penalizado, devido a sua dupla jornada de trabalho, à discriminação, a desigualdade salarial, por fazer da uma maioria nos postos de trabalho informal, entre outras dificuldades”, afirma Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT.

A categoria bancária é referência na luta pela igualdade de oportunidades no mercado de trabalho com conquistas importantes a ampliação da licença-maternidade, o direito ao aleitamento materno e a licença-paternidade que neste ano acaba de ser ampliada por lei. “Não abriremos mão de nenhum direito e continuaremos mobilizadas para defender e reagir contra as medidas do governo golpista”, disse Fatima Costamilan Secretaria de Políticas Sociais da Fetec/PR.

"O golpe que tirou Dilma da presidência se reveste de machismo e misoginia.  Somente o ódio às mulheres pode explicar os ataques que o governo ilegítimo e seus deputados estão fazendo contra os direitos das mulheres. " Marisa Stedile diretora da Fetec CUT-PR

O encontro leva o nome de “Marisa Letícia Lula da Siva” em homenagem a todas as mulheres de luta e trabalhadoras do País.

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