O Ministério Público do Trabalho lançou no dia 24, quarta-feira, em Brasília, seu Planejamento Estratégico, que estabelece as diretrizes e metas da instituição até 2022. Durante a cerimônia, no Auditório Ministro Pereira Lira do Tribunal de Contas da União (TCU), também foram apresentadas as principais ações do órgão na Campanha Nacional “O que você tem a ver com a Corrupção”. A secretária de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT, Mirian Fochi, participou do evento.
O Ministério Público do Trabalho é o primeiro ramo do Ministério Público da União (MPU) a elaborar um planejamento dessa natureza e dimensão. “Esse plano foi discutido e construído com a participação de todos os membros e servidores do órgão. Agora, o desafio é implementamos esse relevante instrumento de trabalho com o objetivo de fortalecermos a instituição e torná-la ainda mais eficiente e transparente à sociedade brasileira”, destacou o procurador-geral do Trabalho, Otavio Brito.
O Planejamento representa uma agenda institucional, com diretrizes que vão orientar a formulação de medidas administrativas internas e de políticas públicas a serem desenvolvidas pelo Ministério Público do Trabalho no decorrer de 15 anos. O Planejamento é focado na modernização administrativa, no incentivo à atuação pró-ativa das unidades da instituição, no aprimoramento do banco (único) de dados e informações (por meio do “MPT Digital”), na ampliação dos mecanismos de interação com a sociedade e na efetivação de políticas públicas estratégicas.
Combate à corrupção – Uma das estratégias do Ministério Público do Trabalho para o combate à corrupção nas relações trabalhistas é por meio da mobilização social. Por isso, a partir dessa semana, o MPT reforça a atuação do órgão na Campanha Nacional “O que você tem a ver com a corrupção”.
A campanha é desenvolvida pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), em parceria com o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Justiça (CNPG). As ações desenvolvidas pelo MPT, dentro da campanha, são coordenadas pelo procurador regional do Trabalho Alexandre Freitas, da 12ª Região (SC). Elas foram concebidas pelo Ministério Público do Estado de Santa Catarina – sob a coordenação nacional do promotor Affonso Guizzo.
A ação tem caráter educativo e busca conscientizar a sociedade, especialmente crianças e adolescentes, a partir do incentivo à honestidade e transparência em atitudes comuns do dia-a-dia, que podem determinar a formação do caráter. A campanha prevê a distribuição de material informativo e a veiculação de vídeos para a televisão e spots para rádio, além de atividades de mobilização social em todo o país.
“A campanha é uma iniciativa positiva e merece todo o apoio do movimento sindical bancário ao mostrar que o combate à corrupção não é dever apenas do Estado, mas ed toda a sociedade”, afirma Mirian Fochi. “A sociedade critica muito os políticos, os empresários, mas não olha para as próprias atitudes, de dar um ‘jeitinho’ de furar uma fila, oferecer propina para dispensar uma multa, não pedir nota fiscal, declarar no IR despesas não efetuadas e tantas outras. Essas atitudes são atos de corrupção”, diz.