A Contraf-CUT participou, nesta segunda-feira (5), da reunião de avaliação do Projeto UNI Américas Finanças. O evento, que antecede a 4ª Conferência Regional da UNI Américas Finanças, contou com avaliação do processo de aprovação da ordem do dia da Conferência, além da eleição do Comitê de Credenciais e do Comitê de Resoluções
Para Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, o primeiro dia da Conferência superou as expectativas. “Todos os países presentes reafirmaram o desejo dos trabalhadores por democracia e paz. Reafirmaram que sem a democracia, os direitos laborais não podem ser alcançados. Avaliaram que os nossos problemas são os mesmos em todos os países. E que o empresariado que nos explora está unificado. Faz ações muito parecidas em distintos países. E que é preciso que tenhamos respostas unificadas. Precisamos muito avançar na consciência e na solidariedade de classe para fazer frente ao ressurgimento de movimentos fascistas e de ódio de classe. Fica claro para todos que a esperança de construir um mundo melhor está viva entre nós.”
A mesa de abertura da 4ª Conferência Regional da UNI Américas Finanças contou com a presença das seguintes lideranças: Rita Berlofa, presidenta Mundial da UNI Finanças, Marcio Monzane, da UNI Américas, Trevor Johnson, 2º vice-presidente da UNI América Finanças e Angelo Di Cristo, chefe mundial da UNI Finanças e Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e 1º vice-presidente de UNI Américas Finanças, que conduzirá a Conferência nesta segunda e na terça-feira (6), na ausência (justificada) de Sergio Pallazzo, presidente da UNI Américas Finanças.
A Conferência conta com a participação de 46 delegados e observadores, e 32 convidados de 20 entidades sindicais de 14 países das Américas. “Ficou evidente que os sindicalistas do setor financeiro das Américas estão conscientes que somente uma reação coletiva internacionalmente poderá frear esta nova onda neoliberal que assola o Continente e o mundo. O principal alvo desta onda é o ataque aos direitos sociais e dos trabalhadores”, explicou Mario Raia, Secretário de Relações Internacionais Contraf-CUT.
A reunião teve três painéis. O primeiro “Novos Canais dos bancos, a uberização bancária”, foi exposto pelo professor John Sendanyoye, especialista internacional do trabalho. O segundo painel, que foi exposto pela AEBU (Associação de empregados Bancários do Uruguai), destacou a “Regulação do sistema financeiro global, normas de Basileia e do seu impacto em entidades Financeiras da América” e o terceiro painel, apresentado pela FETRABAN (Federação dos Trabalhadores bancários do Paraguay), foi “UNI América Finanças apoia os Sindicatos”.
Sobre o painel “Novos Canais dos bancos, a uberização bancária”, Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT, fez a apresentação do tema e explicou que este é sensível para os empregos da categoria, para as economias dos países atingidos e para a organização do movimento sindical. “Não somos contra a tecnologia, mas que ela sirva para ajudar o trabalhador e não somente para desempregá-los. Os impactos dessa tecnologia são muito graves. Haverá a transformação dos empregos, eles não só reduzem, como se transformam. Tudo isso requer um estudo do movimento sindical, para conseguirmos organizar novas formas de enfrentamento e de atuar na defesa dos trabalhadores”.