A 19ª Reunião do Comitê Executivo Mundial da UNI teve início nesta quarta-feira e segue até amanhã (17), em Nyon na Suíça. A Contraf-CUT está sendo representada pelo presidente da entidade, Roberto von der Osten, pela vice-presidenta e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, pelo secretário de Relações Internacionais, Mario Raia e pela presidenta da UNI Finanças Mundial, Rita Berlofa, que também é diretora do Sindicato de São Paulo.
A UNI Global Union é o sindicato global do setor de serviços, que reúne entidades de diversas categorias profissionais em 140 países. Na pauta, o Comitê discute a sucessão de sua secretaria-geral e faz uma análise da organização sindical no quadro global.
Segundo o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, especialistas trouxeram informações sobre as mudanças das profissões, tecnológicas e a velocidade em que estão acontecendo. O cenário completou-se com os informes de dirigentes sindicais de todos os continentes sobre a digitalização e o mercado de trabalho.
Os participantes debateram também mudanças conservadoras que vêm acontecendo, com o avanço de forças políticas adversárias dos trabalhadores em diferentes países.
“Vimos que cada vez mais temos gente conectada, que cresce o trabalho precário e que as plataformas digitais se multiplicam. Que o capital emprega cada vez menos pessoas num mundo em forte transformação. Temos que defender leis que capacitem e empoderem o trabalho humano, principalmente numa conjuntura onde a restauração neoliberal quer reduzir o estado, reduzir a proteção trabalhista e quer destruir estruturas solidárias. É neste mundo que teremos que lutar para manter viva a solidariedade de classe. Para manter vivo o sentido da busca por um mundo mais justo, mais fraterno e mais igualitário”, destaca.
A preparação do Congresso Mundial da UNI, em Liverpool, no ano que vem é outro assunto da reunião, assim como o Grupo de Trabalho da UNI Finanças, criado após o Congresso da Cidade do Cabo.
Futuro do Mundo do Trabalho
Antes da reunião executiva, todos dos membros do Comitê participaram da Cúpula Mundial de Dirigentes Sindicais. O evento discutiu nesta terça-feira (15), o Futuro do Mundo do Trabalho, com a participação de seis especialistas que compartilharam suas pesquisas, como parte estratégica de preparação para o Congresso Mundial em Liverpool 2018.
Um dos temas de destaque foi a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e seus reflexos para o mundo do trabalho e o movimento sindical mundial.
O secretário-geral da UNI, Philip Jennings, abriu a Cúpula dizendo que a eleição de Donald Trump muda drasticamente o caminho seguido até então. Afirmou que a presidência de Trump tem implicações para cada questão global, política, econômica e ambiental, que o Futuro Mundo do Trabalho está ligado a tudo isso.
O Futuro Mundo do Trabalho é uma das principais áreas de desenvolvimento que UNI Global Union está dirigindo no período que antecede o Congresso Mundial em Liverpool em 2018.