Contraf-CUT orienta a retomada das CCPs do Banco do Brasil

(São Paulo) Doze dias depois da suspensão, a Contraf-CUT orienta aos sindicatos que retomem as Comissões de Conciliação Prévia (CCPs) com o Banco do Brasil. Em negociação realizada em Brasília nesta terça-feira, dia 20, a direção do BB se comprometeu a solucionar os problemas apontados pelos bancários na condução das conciliações.

“O Banco do Brasil afirmou que vai cumprir integralmente o acordo firmado com a Contraf-CUT em junho deste ano. Nos casos em que o trabalhador apresentar alegações, o BB se comprometeu a realizar pesquisas e apresentar planilhas, o que não vinha ocorrendo. Outro problema questionado pelos bancários são os valores devidos à Cassi e à Previ que eram dados como quitados. Isso não deve mais ocorrer. Também ficou acertado que haverá reuniões regionais para padronização das ações da Gepes, com a participação dos sindicatos”, explica Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Embora a Contraf oriente a retomada das sessões de conciliação, a Confederação ressalta que os sindicatos devem ficar atentos à postura do banco. “As CCPs devem ser um instrumento que garanta os direitos aos trabalhadores. Isso deve nortear as conciliações”, afirma Marcel.

Durante a negociação desta terça, os representantes dos bancários questionaram a certificação, o trabalho em dia não útil e a substituição de comissionados. “Cobramos do banco um prazo maior e condições melhores para que os bancários possam fazer as provas de certificação obrigatória em condições adequadas, uma vez que o ritmo de trabalho não permite que o bancário sequer se prepare para as provas”, detalha o dirigente.

Sobre as substituições, a Contraf-CUT apresentou vários casos em que os trabalhadores chegam a exercer três cargos diferentes num mesmo dia, numa clara demonstração de que o desvio de função é uma rotina dentro do banco. “É urgente a necessidade da volta das substituições”, destaca Marcel.

Para resolver a questão do trabalho em dia não útil, a Contraf-CUT apresentou ao BB um documento no qual é cobrado o cumprimento de acordo de 2004, firmado com a Dires e a Dired, que garante o pagamento de duas folgas por trabalho em dia não útil, além do ressarcimento dos valores de transporte e alimentação. “Os casos têm ocorrido principalmente em Minas e na Bahia, onde o banco assumiu as contas do governo do Estado. Queremos o cumprimento do acordo”, finaliza Marcel.

Fonte: Contraf-CUT

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